Jaqueline Amboni cometeu o crime em dezembro de 2015 em Forquilhinha.
A dentista Jaqueline Amboni foi condenada em júri popular a sete anos de prisão em regime semiaberto pelo assassinato do namorado, Valcionir da Rosa, de 26 anos, crime ocorrido em dezembro de 2015.
O julgamento ocorreu em Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina, na terça-feira, 19 de novembro. A ré foi condenada por homicídio e ocultação de cadáver.
O advogado da acusada, Alessandro Damiani, disse que vai conversar com ela para saber se vão recorrer. Ela está em liberdade. “A condenação dela nesses termos foi uma vitória da defesa. A acusação era de um homicídio qualificado, cuja pena mínima seria 12 anos de prisão”, afirmou o advogado.
A qualificadora afastada foi motivo fútil, que não foi reconhecida pelos jurados. De acordo com o Poder Judiciário, o julgamento lotou o salão do júri e foi necessário distribuir senhas entre familiares da vítima e da acusada, estudantes de direito, imprensa e população em geral. Os jurados eram quatro mulheres e três homens. O julgamento ocorreu entre 8h30 e 19h30 de terça, segundo o advogado.
Durante a investigação policial, a acusada confessou o crime e alegou legítima defesa. A dentista disse à polícia que Valcionir batia nela com frequência e que já tinha prestado queixa formal na época. Na noite do crime, resolveu se defender. Três meses antes, ela havia registrado boletim de ocorrência contra ele por lesão corporal e violência, conforme o delegado Eduardo de Mendonça.
Denúncia
Segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o relacionamento da ré com Valcionir era conturbado porque ele tinha ciúmes do ex-marido dela. Um dia antes do crime, o casal brigou por causa de mensagens recebidas por ela do ex-marido.
Depois desse desentendimento, a ré planejou a morte do companheiro. Para o MPSC, ela queria pôr fim ao relacionamento e se vingar do namorado. A ideia era esconder o corpo para que todos, especialmente a família da vítima, pensassem que ele havia viajado.
Conforme a denúncia, na noite de 7 de dezembro de 2015, no apartamento dela, a ré atacou o namorado com uma faca e ele morreu. Em seguida, ela e o pai colocaram o corpo no veículo dela e dirigiram até Balneário Arroio do Silva, a cerca de 40 quilômetros de Forquilhinha.
Lá, em um local ermo, os dois cavaram uma cova e enterraram o corpo. Para o MPSC, a ré já havia combinado antes com o pai de ocultarem o cadáver. Ele responde por esse crime em processo separado.
No dia da morte, segundo a polícia, a dentista mandou mensagens para a família, usando o número do ex-namorado, dizendo que ele iria embora para o Rio Grande do Sul.
A polícia começou a investigação 15 dias depois, quando a família de Valcionir comunicou o desaparecimento.
Fonte: G1 Sc | Foto: TJSC/Divulgação | Foto: Reprodução/NSC TV
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