Previsão é de que tempestade, com ventos de até 165 km/h, atinja a costa leste da Flórida na quarta-feira à noite.
O furacão Dorian avançava lentamente nesta quarta-feira, 4 de setembro, em direção à costa sudeste dos Estados Unidos como uma tempestade perigosa de categoria 2, depois de provocar mortes e deixar um rastro de destruição nas Bahamas. Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) americano, a “tempestade avançará perigosamente para a costa leste da Flórida e a costa da Geórgia na quarta-feira à noite”.
O primeiro-ministro do arquipélago do Caribe, Hubert Minnis, informou à imprensa que até o momento foram registradas sete mortes. O chefe de governo advertiu que o número de vítimas pode aumentar e classificou Dorian como “uma das maiores crises na história de nosso país”.
— Partes de Ábaco estão dizimadas. Há grandes inundações, danos severos às casas, comércios e outros edifícios e infraestruturas — disse Minnis. — Os habitantes das Bahamas suportaram horas e dias de terror, temendo por suas vidas e as de seus entes queridos — completou.
Imagens aéreas da ilha Grande Ábaco, nas Bahamas, exibidas pela CNN mostram cenas de danos catastróficos, com centenas de casas sem teto, carros virados, enormes inundações e escombros. Às 9h (6h de Brasília), Dorian avançava no sentido norte-noroeste a 13 km/h, com ventos de até 165 km/h, segundo o NHC.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos enviou helicópteros à ilha Andros, no sul do arquipélago, para ajudar com as tarefas de busca e resgate, enquanto os moradores presos em suas casas inundadas faziam chamados desesperados. Mas as pistas do Aeroporto Internacional de Grand Bahama, em Freeport, estavam debaixo d’água, complicando os esforços de resgate.
Segundo um primeiro boletim da Cruz Vermelha, cerca de 13 mil casas podem ter sido danificadas ou destruídas, e o furacão causou “danos consideráveis” nas ilhas Ábaco e Grande Bahama. Pelo menos 61 mil pessoas estariam precisando de ajuda alimentar nas Bahamas, estimou a ONU nesta terça, que se prepara para enviar duas equipes de avaliação.
Trump pede prudência
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu prudência.
“Pode ser que os Estados Unidos tenham um pouco de sorte a respeito do furacão Dorian, mas, por favor, não baixem a guarda”, tuitou o presidente. “Enquanto segue para a costa, podem acontecer coisar muito ruins e imprevisíveis”, completou.
O Pentágono informou que 5 mil membros da Guarda Nacional e 2,7 mil militares estão prontos para atuar em caso de necessidade. Na Flórida, os efeitos de Dorian já eram sentidos, com fortes chuvas e possíveis tornados. Em Coconut Grove, os residentes reuniam provisões para atender as vítimas do arquipélago.
Fonte: NSC | Por AFP | Foto: Paul Halliwell/AFP
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