Neste ano foi sancionada a Lei nº 13.802, que instituiu, no Brasil, o “Julho Amarelo” como o mês de luta contra as hepatites virais. O principal objetivo é conscientizar a população sobre os riscos da doença, alertar quanto às formas de prevenção, estimular as pessoas a se vacinarem contra as hepatites e a buscarem o diagnóstico precoce.
O Julho Amarelo foi definido com base na data escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a celebração do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, em 28 de julho.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica Estadual, as hepatites virais, com destaque para os tipos B e C, são as que mais preocupam, pois podem evoluir e se tornar crônicas, causando danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Hoje um dos grandes desafios é encontrar as pessoas que ainda não foram diagnosticadas e fazer com que elas iniciem o tratamento. Em muitos casos, as hepatites não apresentam qualquer sintoma e isso aumenta os riscos. Tem muita gente que é portadora do vírus B ou C e ainda não sabe.
Para pessoas infectadas com hepatite B, a doença não tem cura, mas pode ser tratada, evitando a transmissão para outras pessoas e a evolução para cirrose ou câncer. Já a hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente. Nesses casos, segundo a Vigilância Epidemiológica Estadual, as pessoas com mais de 40 anos precisam fazer o teste pelo menos uma vez. A incidência de casos é muito maior nessa faixa etária. São pessoas que podem ter sido expostas ao vírus na juventude durante uma transfusão de sangue ou cirurgia. Para as hepatites B e C, o Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito.
Através dos testes rápidos é possível saber em até 30 minutos se você tem algum tipo de hepatite, sem a necessidade de realizar exames laboratoriais. Para fazer o teste se há hepatites B ou C é só procurar uma unidade de saúde. O exame é feito com a coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo, depois é só esperar o resultado e iniciar o tratamento, caso seja necessário.
Nos últimos dez anos, foram notificados cerca de 330 pacientes com hepatites. Em 2018, a Vigilância Municipal tem contabilizado 29 casos novos.
Transmissão
Hepatite B: É transmitida pelo sangue e/ou nas relações sexuais sem preservativo. É possível contrair a doença por meio do uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas e canudos de inalação e materiais perfurocortantes contaminados, lâminas de barbear, materiais cirúrgicos e odontológicos, materiais de manicure sem adequada esterilização ou por meio de materiais para confecção de tatuagens e colocação de piercings.
Hepatite C: É transmitida pelo sangue, uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas e canudos de inalação e materiais perfurocortantes contaminados. Quem recebeu transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993 deve fazer o teste.
Fonte: Imprensa de Indaial
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