Por volta das 23h de domingo, 2 de junho, Samantha Schubert de 24 anos foi vítima de um estupro enquanto estava voltando para sua residência, que fica na Rua dos Atiradores no bairro Testo Central, em Pomerode.
A sua residência fica localizada em uma rua particular, cerca de 500 metros da rua principal, sendo que, o caso teria ocorrido no momento em que a jovem passava por um trecho sem iluminação.
Um homem moreno e alto, vestindo um casaco e uma calça de cores escuras, tentou agarrar a vítima, puxou seu casaco mas conseguiu saiu correndo. Alguns metros adiante, o homem conseguiu lhe alcançar próximo a um rancho de madeira, onde derrubou a vítima e desferiu socos e tapas em seu rosto.
Conforme relatos da jovem ao Portal Misturebas, ela gritava durante todo momento e tentou se soltar do homem, que rasgou sua roupa e conseguiu praticar o ato sexual a força. Após diversas tentativas de se libertar, a vítima acertou um chute no homem, que saiu correndo e não foi mais visto.
Um boletim de ocorrência foi registrado pela jovem, que também nesta terça-feira prestou depoimento na delegacia que deverá investigar o caso afim de localizar o autor.
Veja o relato da jovem em sua rede social:
foto tirada ás 15:53 depois de concluir meu exame no IML!
Sim, eu fui estuprada, os detalhes não convém, já fiz o meu melhor contando os detalhes que eu lembro a polícia. Ainda não caiu a minha ficha, estou em choque, eu nunca imaginei que eu Samantha, passaria por isso.
Fui estuprada há cerca de 200 metros da minha casa, casa que meus pais moram 11 anos e eu e minhas irmãs sempre andamos sozinhas sem ter medo algum!
Pomerode é paraíso pipipó! Não se coloquem em situação de risco meninas, por mais pacata que seja a cidade.
Cheguei no hospital de Pomerode lá pela uma da manhã cerca de uma hora e meia após o ocorrido (depois de deixar minha calcinha e meia calça rasgada com a polícia) eu apenas pude trocar de calcinha, a roupa que eu estava vestindo no ato tive que ir vestindo.
Assim que cheguei já me levaram pra uma sala privada, enfermeiras e um enfermeiro super prestativos já providenciaram todos os coquetéis. Mas mesmo com os ferimentos visíveis a médica de plantão nem perguntou se eu estava com dor, mesmo com luvas ela mal encostou em mim! Como se eu tivesse exalando algum tipo de toxina (e era assim que eu tava me sentindo e AINDA ESTOU, tóxica e suja).
Logo depois a polícia me encaminhou para o hospital Santo Antônio para que o médico legista fosse me examinar lá. Cheguei lá antes das quatro da manhã e fiquei até as oito horas sentada numa cadeira! Exatamente com a roupa suja e rasgada do ocorrido, todo mundo passava e me olhava, nunca me senti tão lixo, tão exposta a uma situação vexatória. Desisti do tal exame ali nesse hospital (depois no IML o médico se justificou com a demora, inclusive o hospital Santo Antônio nem chamou ele no momento que eu cheguei).
Agora depois de ter descansado um pouco, ainda em choque, estou entendendo porque muitas mulheres se calam diante de uma situação dessas! O descaso que tratam uma pessoa que acabou de sofrer um trauma!
Lembrando que o coquetel que é tomado depois é SUPER importante, assim como os exames recorrentes de DST (e isso MUITAS mulheres deixam de fazer).
Vocês costumam ver uma versão diferente de mim por aqui, mas essa é a minha versão hoje. Eu tive escrever aqui, tive que desabafar! Algo que sempre gritei contra aconteceu comigo. Eu to em choque!
Quero deixar meu agradecimento a força policial de Pomerode! Que tem feito bravamente seu trabalho.
Redação Misturebas
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