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Tecnologia catarinense revoluciona gestão de aterros e promete cortar custos em até 70%

Sistema desenvolvido pela Wihex, com apoio técnico do SENAI, vence prêmio estadual e moderniza o monitoramento de resíduos no país.

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Uma solução tecnológica criada em Santa Catarina está redefinindo a forma como os aterros sanitários são operados no Brasil.

Após dois anos de desenvolvimento e um investimento total de R$ 1,5 milhão, com forte apoio técnico do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, o projeto conquistou destaque ao vencer o Prêmio Melhores do Ano de Santa Catarina, promovido pelo PMI-SC, na categoria de melhor projeto.

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O reconhecimento foi anunciado na última sexta-feira (28).

O sistema foi desenvolvido como alternativa aos modelos importados, conhecidos pelo alto custo de aquisição e operação.

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Para validar sua eficiência, a solução passou por testes em 29 aterros distribuídos nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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O resultado foi uma economia estimada de 70% em comparação com as opções disponíveis no mercado, sem perda de desempenho ou qualidade.

Segundo Wilian Zanatta, CEO da Wihex, a digitalização da operação possibilita que os gestores tenham acesso imediato a informações cruciais, como vida útil dos aterros, comportamento do solo, produtividade das máquinas e necessidade de intervenções.

“Isso representa um salto significativo de maturidade para um setor que lida com milhões de toneladas de resíduos todos os anos”, afirma Zanatta.

O avanço tecnológico só foi possível graças à integração de diferentes ferramentas, como agricultura de precisão, automação de equipamentos e sistemas embarcados capazes de monitorar parâmetros como movimentação, compactação e volume dos resíduos.

Para Fabrízio Pereira, diretor regional do SENAI, o impacto é direto: a solução nacional aumenta o desempenho, amplia a segurança das operações e reduz custos.

“Estamos diante de tecnologia aplicada de forma prática ao ganho de eficiência operacional”, destaca.

A complexidade da gestão de aterros sanitários é um desafio antigo para o poder público e para o setor privado.

Brenda Macário, gestora de projetos do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, lembra que atividades essenciais — como medir volumes, avaliar compactação, acompanhar a estabilidade do terreno e mitigar riscos ambientais — ainda dependem de muito tempo, esforço e recursos.

“Quando essas etapas não são precisas, a consequência é a redução da vida útil do aterro e maior exposição a riscos para os trabalhadores”, ressalta.

A consolidação da nova tecnologia foi impulsionada pelo programa Smart Factory, categoria da Plataforma Inovação para a Indústria do SENAI, criada em parceria com o BNDES e a ABDI.

A Wihex foi selecionada no edital e recebeu R$ 800 mil para acelerar o projeto. Zanatta afirma que o apoio foi decisivo:

“O Smart Factory trouxe exatamente o que precisávamos — recursos, equipamentos de alto valor e suporte técnico dos laboratórios e especialistas do SENAI”.

Com isso, o sistema elevou de forma significativa o nível de maturidade tecnológica (TRL) das soluções voltadas ao monitoramento inteligente de aterros, marcando um importante avanço para o setor de resíduos sólidos no Brasil.

A iniciativa aponta para um futuro em que a gestão de resíduos será mais precisa, eficiente e sustentável, com impacto direto no funcionamento das cidades.

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