Golpe da falsa compra dispara na internet e exige atenção máxima às promoções de Natal
Fraudes em sites e páginas clonadas se tornam as mais frequentes no comércio digital em 2025.
O avanço de golpes aplicados por meio de sites falsos, lojas inexistentes e páginas clonadas tem preocupado consumidores e instituições financeiras em todo o país.
Divulgadas principalmente nas redes sociais, essas fraudes se aproveitam de ofertas exageradamente atrativas para atrair compradores e já representam quase metade das denúncias de compras online no Brasil.
Dados levantados pela plataforma SOS Golpe em parceria com a CloudWalk mostram que 45,1% dos registros feitos em 2025 envolvem esse tipo de crime digital, geralmente em páginas projetadas para imitar grandes e-commerces.
O recurso à identidade visual de marcas conhecidas, aliado ao uso de fotos profissionais e avaliações falsas, torna o golpe cada vez mais difícil de identificar.
Com a proximidade do Natal, período em que o volume de buscas por promoções cresce rapidamente, especialistas alertam que o risco se intensifica.
O aumento de anúncios e ofertas nas redes cria o ambiente perfeito para a circulação de sites fraudulentos que simulam lojas reais.
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Em muitos casos, os criminosos montam páginas completas e convincentes para induzir o consumidor a efetuar a compra sem verificar a procedência.
O Banco Mercantil, por meio de sua área de Prevenção a Fraudes, tem observado impacto direto no atendimento aos clientes.
Lívia Silva, gerente de Prevenção a Fraude da instituição, destaca que muitas vítimas só percebem a fraude após concluir o pagamento, o que gera mais pedidos de análise e bloqueio.
“A procura por suporte cresce justamente porque o golpe costuma parecer real até o último momento”, afirma.
Para reduzir riscos, a orientação ao consumidor segue sendo o principal mecanismo de proteção.
Lívia reforça cuidados simples, mas essenciais: verificar CNPJ e razão social da loja, checar a reputação da empresa em sites de busca, digitar o endereço diretamente no navegador e confirmar se a página possui conexão segura.
Segundo ela, pequenos sinais podem evitar grandes prejuízos, especialmente nesta época do ano.
Em caso de suspeita durante a compra, a recomendação é suspender imediatamente a transação e procurar o banco pelos canais oficiais para verificar a movimentação.
“O ponto crítico é adotar uma postura mais cautelosa. Preços muito abaixo da média, ausência de informações claras ou comentários duvidosos já indicam que algo não está certo. O consumidor precisa confiar nessas pistas e não seguir adiante”, orienta a gerente.
Com a chegada das festas e a multiplicação de promoções, a atenção redobrada torna-se indispensável para evitar perdas financeiras e impedir que golpistas se aproveitem do movimento intenso do comércio digital.
