No Mistukenti, Sérgio Barreto expõe a realidade por trás da advocacia e das disputas familiares

No episódio mais recente do Mistukenti, o advogado Sérgio Barreto abriu o jogo sobre carreira, bastidores da profissão e episódios marcantes que viveu ao longo da trajetória.
Em um bate-papo direto e cheio de bastidores, ele contou desde situações tensas em processos até o impacto emocional de atuar em casos que mexem com famílias, empresas e vidas inteiras.
De Joaçaba a Timbó: raízes e formação
Barreto nasceu em Joaçaba, no Oeste catarinense, e veio para Timbó aos seis anos de idade. Apesar das dificuldades iniciais, ele define a cidade como “acolhedora e próspera”, um lugar onde construiu família, amizades e responsabilidade social.
O amor por estudar levou-o ao Direito, mas, ao se formar, ele se viu sem recursos para abrir um escritório. Foi então que decidiu prestar concurso público.
Seu primeiro emprego de relevância foi na Câmara de Vereadores de Indaial, onde, ainda jovem advogado, recebeu salário modesto para dar seus primeiros passos. Depois, ingressou no Procon, cargo que considera seu momento mais gratificante.
“Foi ali que eu me encontrei”, disse, lembrando das longas audiências, das reclamações de consumidores e das operações para coibir abusos de grandes empresas.

Barreto relembrou como iniciou na advocacia, as primeiras dificuldades e o momento exato em que percebeu que a profissão exigiria muito mais do que conhecimento técnico.
“As pessoas acham que advogado vive só de processo, mas tem dias em que você acaba virando conselheiro, psicólogo e às vezes até mediador de conflitos que não têm nada a ver com a Justiça”, comentou durante o programa.
“Tem caso que marca pra sempre”
Sérgio detalhou situações de forte pressão, especialmente em casos envolvendo perdas, conflitos familiares e decisões urgentes.
Ele explicou como aprendeu a lidar com essas situações sem deixar que o emocional definisse o resultado. Segundo ele, a maturidade profissional veio justamente dos momentos mais difíceis.
O advogado destacou ainda o desafio de manter empatia sem perder a firmeza necessária na defesa. “É uma linha fina. Você precisa entender o cliente, mas também precisa dizer a verdade. Tem gente que chega esperando milagre.”
O entrevistado revelou hábitos pessoais, situações curiosas e até alguns perrengues que viveu fora do escritório — aqueles que raramente chegam ao público. Contou sobre atendimentos em horários improváveis, desencontros de processo e episódios que hoje viraram histórias divertidas, mas que na época deram dor de cabeça.
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Também explicou como organiza a rotina para dar conta de prazos, audiências e da vida pessoal. “Se eu não estruturar o dia, a profissão engole. Prazo não espera, e cliente muito menos.”
Barreto aproveitou para comentar o impacto da tecnologia no Direito — desde IA aplicada à gestão de documentos até transformações que vêm alterando a relação entre clientes e escritório. Para ele, quem não se adapta, fica para trás.
“Hoje o cliente quer resposta rápida, quer clareza, quer entender sem juridiquês. Nosso papel é traduzir, não complicar.”
“No fim das contas, tudo é sobre pessoas”
A conversa encerrou com uma reflexão mais pessoal: o que realmente sustenta uma carreira longa na advocacia? Para Sérgio, a resposta é simples: conexão humana.
“Se a gente esquecer que todo processo tem uma pessoa atrás, perde o sentido.”
Apoiadores do programa: Cervejaria Casa Back, Olhar Digital Vistorias e Box Service Mecânica Automotiva.
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