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Desigualdade marca atraso escolar de milhões de estudantes no Brasil

A defasagem entre alunos negros chega a quase o dobro da registrada entre brancos.

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O atraso na trajetória escolar ainda é uma realidade para milhões de crianças e adolescentes no país. Dados recentes do Censo Escolar de 2024, analisados pelo Unicef, mostram que 4,2 milhões de estudantes têm defasagem de dois anos ou mais, o que representa 12,5% das matrículas. Embora o índice tenha diminuído em relação ao ano anterior, quando era de 13,4%, o problema continua sendo um desafio nacional.

As diferenças sociais ficam evidentes quando se observa quem mais enfrenta o atraso. A defasagem entre alunos negros chega a quase o dobro da registrada entre brancos. Além disso, os meninos são os mais afetados, com percentual superior ao das meninas. Para especialistas, isso demonstra que as dificuldades vão além do desempenho individual e estão diretamente ligadas às desigualdades estruturais do país.

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Segundo Julia Ribeiro, do Unicef, é um equívoco atribuir o atraso escolar exclusivamente ao aluno. Ela defende que o fenômeno seja entendido como resultado de um conjunto de fatores, que envolvem desde o contexto familiar até a atuação do poder público e da própria escola. Quando o estudante acumula reprovações, ressalta Ribeiro, cresce a sensação de não pertencimento, o que pode levar ao abandono escolar.

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Uma pesquisa do Unicef em parceria com o Ipec reforça essa percepção: um terço dos adolescentes afirma que a escola desconhece sua vida pessoal e familiar. Para Ribeiro, o dado mostra a distância entre a instituição e os alunos.

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Em suas palavras, a escola deveria ser um espaço de acolhimento e de vínculo, já que é o equipamento público mais presente no cotidiano da infância e da juventude. Quando essa relação se fragiliza, o risco de evasão aumenta.

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