As armas que disparam bolinhas de gel, brinquedos que ganharam popularidade em todo o Brasil, estão levantando alertas de segurança entre pais, especialistas e autoridades.
Vendidos como opções de lazer para crianças e adolescentes, esses dispositivos podem parecer inofensivos, mas já causaram dezenas de ferimentos, gerando debates sobre sua regulamentação.
Riscos à Saúde e Segurança
Apesar de serem comercializadas como brinquedos, as armas de bolinhas de gel podem causar sérios danos, especialmente à visão.
De acordo com o oftalmologista Tiago César Pereira Ferreira, o impacto das bolinhas pode resultar em lesões como abrasões na córnea, inflamações intraoculares (uveítes), hemorragias e, em casos graves, descolamento de retina, que pode levar à perda permanente da visão.
“O risco aumenta pela falta de proteção adequada, como óculos de segurança, que torna os olhos vulneráveis ao impacto direto”, explica o especialista.
Ele destaca que sintomas como dor intensa, visão turva, lacrimejamento e manchas na visão devem ser avaliados imediatamente por um profissional.
Ferimentos Já Registrados
A preocupação não é apenas teórica. Segundo a Fundação Altino Ventura (FAV), em Pernambuco, mais de 50 pessoas já ficaram feridas por conta do uso desse brinquedo nas cidades de Olinda e Paulista. Como resposta, ambas as cidades proibiram a comercialização e o uso das armas, de acordo com o portal Terra.
Popularidade Crescente
A popularidade das armas de bolinhas de gel é impulsionada pela internet, onde são vendidas em diferentes versões, com preços que podem chegar a R$ 400.
As bolinhas, comercializadas separadamente, custam até R$ 30, o que torna o brinquedo acessível e atrativo, principalmente para o público infantil.
Para muitos pais, no entanto, a diversão está dando lugar à preocupação. Além dos riscos físicos, há relatos de uso inadequado, como disparos em locais públicos, que podem gerar conflitos e acidentes.
Regulamentação e Recomendações
Diante dos riscos, autoridades e especialistas têm pedido maior regulamentação e supervisão no uso dessas armas.
Recomenda-se que os pais acompanhem as brincadeiras e que as crianças utilizem equipamentos de proteção, como óculos de segurança.
Enquanto novas medidas são debatidas, fica o alerta: o que parece uma brincadeira pode trazer sérias consequências. A segurança deve estar sempre em primeiro lugar.
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