O presidente eleito também mencionou a possibilidade de tomar controle da Groenlândia e Canal do Panamá
A duas semanas de sua posse, Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, anunciou planos polêmicos e provocou reações internacionais.
Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 7, Trump sugeriu anexar o Canadá como o 51º estado norte-americano, mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América” e afirmou que os EUA deveriam controlar a Groenlândia e o Canal do Panamá, mesmo que fosse necessário o uso da força militar.
O republicano argumentou que essas medidas fortaleceriam a segurança econômica e geopolítica dos Estados Unidos.
Trump também reiterou sua intenção de aplicar tarifas econômicas pesadas ao México e ao Canadá, como forma de combater o tráfico de drogas.
Anexação do Canadá
Trump sugeriu que o Canadá deveria ser incorporado aos Estados Unidos, eliminando a “linha artificial” que separa os dois países.
O presidente eleito afirmou que os EUA gastam recursos excessivos para defender o Canadá e que, por isso, não vê mais necessidade de importar madeira ou carros canadenses.
“Você se livra da linha traçada artificialmente e observa como ela fica… e também seria uma segurança financeira muito melhor”, declarou.
Ele também mencionou que o Canadá poderia ser incorporado por meio de “força econômica”, sem descartar completamente medidas mais drásticas.
Groenlândia e Canal do Panamá
Donald Trump voltou a defender que a Groenlândia, território dinamarquês no Atlântico Norte, deveria estar sob controle dos Estados Unidos.
Ele ameaçou aplicar sanções econômicas à Dinamarca caso o país não facilite a aquisição da ilha.
“A Groenlândia é vital para nossa segurança nacional”, afirmou Trump, ressaltando a importância estratégica da base militar norte-americana já presente na ilha.
Sobre o Canal do Panamá, Trump afirmou que foi um erro entregá-lo ao controle do governo panamenho em 1999, criticando ainda uma suposta gestão chinesa no local, que ele classificou como uma “catástrofe”.
“O canal é vital ao nosso país, e precisamos dele para garantir nossa segurança econômica”, disse.
“Golfo da América”
Outra declaração polêmica de Trump foi sua proposta de renomear o Golfo do México para “Golfo da América”. Segundo ele, a mudança seria apropriada devido ao déficit comercial do México com os Estados Unidos.
“Nós fazemos todo o trabalho lá. É justo que o nome reflita isso”, afirmou.
Apesar da sugestão, Trump não apresentou detalhes sobre como a alteração seria implementada nem se haveria algum impacto prático no controle da região, que é estratégica devido à exploração de petróleo e ao comércio marítimo.
Tensões no Oriente Médio
Trump também direcionou sua atenção ao Oriente Médio, ameaçando o Hamas e exigindo a libertação de reféns israelenses antes de sua posse em 20 de janeiro.
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O presidente eleito prometeu “abrir as portas do inferno” caso sua exigência não seja atendida.
“Se os reféns não estiverem de volta até o momento em que eu assumir o cargo, o inferno irá se desencadear no Oriente Médio”, declarou Trump, em tom agressivo.
Seu enviado especial para a região, Steve Witkoff, expressou otimismo quanto à libertação dos reféns antes da posse.
Donald Trump Biden e faz outras declarações
Donald Trump usou a coletiva para atacar o presidente em exercício, Joe Biden, afirmando que ele foi incapaz de evitar a guerra na Ucrânia e que o conflito pode escalar.
O republicano também prometeu revogar uma ordem recente de Biden que restringe a exploração de petróleo na costa dos EUA.
Outros pontos levantados por Trump incluíram promessas de “perdões em massa” para os condenados pela invasão ao Capitólio e críticas ao sistema judiciário, especialmente ao juiz Juan Merchan, que conduziu um dos casos criminais contra ele.
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