Entre 2023 e 2024, 134 guerras e conflitos armados deixaram mortos, feridos e desalojados ao redor do mundo
De julho de 2023 a junho de 2024, mais de 200 mil pessoas perderam a vida em 134 guerras e conflitos armados, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS).
Esse número representa um aumento de 37% em relação ao período anterior, com o Oriente Médio como principal foco de violência. Na Faixa de Gaza, mais de 45 mil pessoas foram mortas, resultando em um aumento de 315% nas vítimas de conflitos na região.
Especialistas destacam que a violência global deve se intensificar em 2025, especialmente em países periféricos.
Ao Metrópoles, Frederico Seixas Dias, doutor em relações internacionais, aponta que a política externa dos Estados Unidos, sob o comando de Donald Trump, deve reduzir intervenções multilaterais.
Durante sua campanha, Trump sinalizou apoio irrestrito a Israel e ameaçou o Hamas caso os reféns israelenses não fossem libertados, o que, segundo Dias, prolonga o sofrimento dos palestinos.
Além disso, o alinhamento de conflitos à competição entre Estados Unidos e China intensifica disputas regionais.
Embora improvável, um conflito direto entre as potências influencia o cenário geopolítico, deixando um vácuo de poder que fomenta guerras em economias periféricas.
Conflitos como os do Sudão do Sul, Myanmar, Burkina Faso, Mali, Somália e Iêmen permanecem críticos, com milhares de mortos.
Leia também:
No Sudão do Sul, uma guerra civil entre o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) já fez mais de 19 mil vítimas.
A ONU projeta que, em 2025, cerca de 305 milhões de pessoas necessitarão de assistência humanitária para sobreviver, agravando a crise global causada pela violência.
Especialistas pedem maior atenção a esses focos de conflito para evitar um agravamento ainda mais expressivo da situação.
Sugestão de pauta