Os irmãos expressam sua angústia e indignação diante da situação.
Neste último Natal, uma família de Santa Catarina enfrentou uma dura realidade marcada pela ausência de uma irmã, que há 42 anos não pode celebrar a data com seus entes queridos.
A mulher, que possui deficiência auditiva, foi resgatada em junho de 2023 após ser encontrada em condições de trabalho análogo à escravidão na casa de um magistrado em Santa Catarina.
Desde então, seus irmãos têm lutado para que ela possa passar as festividades de fim de ano ao lado da família, mas o desejo tem sido negado.
Após ser libertada, a mulher passou um tempo em um abrigo e, com o apoio de organizações, começou a frequentar aulas de alfabetização. No entanto, após uma decisão judicial que permitiu um reencontro com a família que a mantinha em cativeiro, ela retornou àquela casa em agosto de 2023.
Desde então, os irmãos tentaram, sem sucesso, marcar encontros, incluindo uma visita planejada para janeiro, que foi cancelada pela família do magistrado.
Os irmãos expressam sua angústia e indignação diante da situação. Segundo o Portal ICL Notícias, para eles, o Natal representa uma oportunidade de reunir a família e honrar a memória da mãe, que sempre valorizou essas celebrações.
Além disso, há um sentimento de impotência em relação à imposição de condições para o contato com a irmã e à recusa da família do magistrado em permitir que ela passe momentos importantes com seus familiares.
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O caso gerou atenção na mídia e levou a Procuradoria-Geral da República a denunciar o casal por trabalho escravo. A discussão sobre a autonomia da mulher e seu direito de decidir sobre sua vida continua em curso, com a família biológica defendendo que, desde que começou a ser alfabetizada, a irmã demonstra progresso em sua socialização e desenvolvimento.
Enquanto a luta legal prossegue, o Natal deste ano se apresentou mais uma vez como um momento de dor e ausência, refletindo uma história de luta por dignidade e direitos que se estende por décadas.
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