O dólar comercial atingiu nesta quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, um novo recorde histórico ao fechar cotado a R$6,26, representando uma alta de 2,82% em relação ao dia anterior, conforme Band.
Este é o quinto dia consecutivo de valorização da moeda norte-americana, que alcança seu maior valor nominal desde a implementação do Plano Real, segundo o SBT News.
Analistas apontam que a alta do dólar foi influenciada por fatores internos e externos.
No cenário doméstico, há preocupações sobre a possível desidratação do pacote de corte de gastos proposto pelo governo federal, atualmente em tramitação no Congresso Nacional.
O pacote visa mitigar o déficit primário e reequilibrar as contas públicas, mas o mercado permanece cético quanto à sua eficácia, de acordo com o Terra.
Externamente, a decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de reduzir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano, também impactou o câmbio.
A expectativa de juros mais altos por mais tempo nos EUA tem mantido o dólar forte, gerando aversão ao risco e afetando o fluxo de capitais para mercados emergentes, como o Brasil.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu parte da desvalorização do real à especulação no mercado financeiro.
Em entrevista coletiva, Haddad expressou otimismo quanto à estabilização da moeda, mencionando que contatos indicaram a possibilidade de movimentos especulativos influenciando o câmbio.
A desvalorização do real tem impacto direto na economia brasileira, encarecendo produtos importados e pressionando a inflação.
Itens como combustíveis e alimentos, que dependem de insumos cotados em dólar, podem sofrer aumentos de preços, afetando o consumidor final, como divulgado pelo Brasil Paralelo.
Além disso, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, registrou queda de 3,15%, fechando abaixo dos 121 mil pontos, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário econômico atual.
O governo federal aguarda a aprovação do pacote de corte de gastos pelo Congresso Nacional como medida para conter a desvalorização do real e estabilizar a economia.
Enquanto isso, o mercado financeiro permanece atento aos desdobramentos políticos e econômicos, tanto no Brasil quanto no exterior, que possam influenciar a cotação da moeda norte-americana nos próximos dias.
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