A defesa não conseguiu convencer o juiz, que rejeitou essa versão ao fundamentar a manutenção da prisão.
Na última quinta-feira (5), o Tribunal de Justiça Militar (TJM) manteve a prisão preventiva do soldado da Polícia Militar acusado de atirar um jovem rendido de uma ponte na zona sul de São Paulo. O caso ocorreu na madrugada de 2 de dezembro, em Cidade Ademar, e teve grande repercussão.
Durante a audiência de custódia, o soldado chegou a chorar enquanto estava sozinho diante do juiz Fabrício Alonso Martinez Della Paschoa. O magistrado, que já havia determinado a prisão preventiva, destacou a existência de “fortes indícios” de que o policial cometeu lesão corporal dolosa contra a vítima. Na decisão, também foi citado o crime de peculato, relacionado ao uso indevido do cargo, e a possível prática de prevaricação.
O PM já havia prestado depoimento à Corregedoria da Polícia Militar, alegando que sua intenção era apenas “levantar a vítima do chão”. Entretanto, a defesa não conseguiu convencer o juiz, que rejeitou essa versão ao fundamentar a manutenção da prisão.
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O agente, que pertence ao 24º BPM/M em Diadema, compareceu à audiência usando o uniforme do Presídio Militar Romão Gomes, onde está detido. Em meio à sessão, utilizou um lenço e, depois, a própria camiseta amarela para enxugar as lágrimas.
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