A previsão é que a nova estrutura fique pronta em 2029
Prefeitura do Rio e Flamengo assinam termo para construir estádio em terreno de R$ 138,2 milhõesO Clube de Regatas do Flamengo e a Prefeitura do Rio de Janeiro deram mais um passo para a construção do estádio rubro-negro em terreno milionŕio.
Nesta segunda-feira, 25, o prefeito Eduardo Paes e o presidente do clube, Rodolfo Landim, assinaram um termo de compromisso na sede social da Gávea, zona sul da cidade, para viabilizar o projeto no terreno do antigo Gasômetro, localizado na Avenida São Cristóvão, no Porto Maravilha.
O compromisso inclui o envio de dois projetos de lei à Câmara Municipal. O primeiro permitirá que o Flamengo transfira o potencial construtivo de sua sede na Gávea para outras áreas da cidade, permitindo que o clube arrecade cerca de R$ 500 milhões com essa operação. Esses recursos serão destinados exclusivamente à construção do estádio.
Já o segundo projeto isentará o clube do pagamento de R$ 500 milhões em taxas de direito urbanístico (Cepacs) à Caixa Econômica Federal, compensando o banco com medidas dentro da Operação Consorciada do Porto Maravilha.
A construção do estádio, prevista para ser inaugurada em 15 de novembro de 2029, aniversário do clube, deve gerar impacto significativo na economia carioca.
Estudos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico apontam que, nos primeiros 10 anos, o novo equipamento esportivo pode movimentar R$ 5,3 bilhões, considerando gastos dos torcedores com ingressos, transporte, bares e restaurantes.
O terreno, arrematado pelo Flamengo em leilão realizado no dia 31 de julho, foi adquirido por R$ 138,2 milhões. Na ocasião, o clube foi o único a apresentar proposta. O pagamento foi feito à vista pelo próprio Flamengo. O prefeito Eduardo Paes celebrou o avanço do projeto, ressaltando que todo o processo respeitou as regras legais e contribui para o desenvolvimento da cidade.
“É uma importante conquista para a cidade. Tudo o que fizemos respeitou o direito, o processo de desapropriação, o leilão. Tudo foi muito aberto e feito dentro das regras. O que estamos fazendo hoje é nos comprometer em permitir que o Flamengo faça uso de algo que já lhe pertence. O Flamengo não ganhou o terreno da prefeitura, ele comprou pagando o valor adequado. Nós criamos as condições para que o Flamengo tenha plena capacidade para exercer um direito que já possui. Já que o poder público não permite que o clube construa na área que lhe pertence, estamos permitindo que o faça em outra área”, explicou o prefeito do Rio.
Impactos da obra para o Flamengo
O presidente Rodolfo Landim destacou a importância do novo estádio para o Flamengo e sua torcida.
Segundo ele, o clube atraiu 1,8 milhão de torcedores em 33 jogos em 2023, e a receita anual de R$ 1,374 bilhão deve crescer 10% com o novo equipamento esportivo. Além disso, a movimentação econômica gerada pelo estádio deve alcançar R$ 2,3 bilhões por ano, superando em R$ 329 milhões os números atuais.
Landim também comemorou a liberação do potencial construtivo da Gávea, avaliado em R$ 500 milhões, como um passo crucial para o financiamento do estádio.
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O vice-presidente do Flamengo, Rodrigo Dunshee, também celebrou o avanço do projeto, destacando que o estádio representa um legado para os torcedores e suas famílias.
O clube espera transformar o Porto Maravilha em um polo de desenvolvimento econômico e cultural, alinhado ao objetivo da Prefeitura de revitalizar a área.
Na reunião do Conselho Deliberativo do Flamengo, realizada antes do leilão, a participação do clube na compra do terreno foi aprovada por 602 conselheiros.
O evento, que contou com pareceres das comissões permanentes de Finanças, Jurídica e Marketing, consolidou o apoio interno ao projeto. A projeção é que as obras comecem em pouco mais de um ano e meio, com um projeto base já pronto e discussões sobre naming rrights em andamento.
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