O presidente reafirmou seu compromisso de barrar qualquer projeto que coloque em risco o ajuste fiscal.
O governo argentino anunciou na última sexta-feira (15) que irá zerar os impostos sobre produtos adquiridos no exterior, como parte de uma política de abertura comercial liderada pelo presidente Javier Milei. Segundo o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, a medida começará a valer em dezembro.
A decisão ocorre em meio a ajustes econômicos rigorosos para enfrentar a crise financeira do país. Em outubro, a Argentina registrou o décimo superávit fiscal primário mensal consecutivo, com um saldo de 746,9 bilhões de pesos (cerca de 753,7 milhões de dólares), conforme divulgado pelo ministro da Economia, Luis Caputo, nas redes sociais.
A política de austeridade, alinhada ao compromisso de Milei com o equilíbrio das contas públicas, foi destacada pela agência Fitch Ratings, que elevou a nota de crédito de longo prazo da Argentina de “CC” para “CCC”. A classificação reflete uma percepção de melhora, embora a capacidade de pagamento do país ainda enfrente desafios significativos.
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A Fitch também observou que a entrada de dólares tem fortalecido as reservas internacionais argentinas. Apesar disso, projetou uma retração econômica de 3,6% em 2024, seguida por um possível crescimento de 3,9% em 2025, condicionado à estabilidade cambial.
Para Milei, o controle dos gastos públicos é essencial para combater a inflação e recuperar a economia. O presidente reafirmou seu compromisso de barrar qualquer projeto que coloque em risco o ajuste fiscal, responsabilizando administrações anteriores pelos desequilíbrios econômicos.
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