A investigação segue para compreender os motivos e o planejamento por trás do ataque.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, autor das explosões na Praça dos Três Poderes, foi descrito como reservado e calado por vizinhos da QNN 7, em Ceilândia Norte, onde alugou uma casa em agosto. Na noite da última quarta-feira (13), Francisco detonou um explosivo em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), evento que resultou em sua morte.
Moradores da região relataram do Poder 360, ter notado mudanças no comportamento do homem nas semanas que antecederam o ataque. Lucas França, que trabalha em uma bicicletaria próxima à residência alugada, contou ter feito reparos na bicicleta de Francisco algumas vezes, inclusive no dia anterior ao atentado.
Sabrina Raposo, atendente de uma distribuidora de bebidas no mesmo bairro, destacou que Francisco frequentava o local diariamente, sempre pedindo uma lata de cerveja e um maço de cigarro.
Ela mencionou que o comportamento do homem se tornou mais estranho recentemente, com gestos generosos e despedidas enigmáticas.
“Na semana retrasada, ele falou com meu irmão que ia viajar e que, para meu irmão lembrar dele, era só ele olhar para as estrelinhas. Nisso, eu fiquei pensativa, e achei que ele ia fazer alguma coisa contra a vida dele. Ele vinha aqui e ficava praticamente distribuindo dinheiro. [Como] se estivesse se despedindo”, disse a Jovem.
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Francisco também demonstrou afeto por crianças, segundo Yasmim Alves, vendedora de caldos, que contou que ele presenteou seu filho com objetos e conselhos. Apesar de parecer “solitário”, Francisco nunca levantou suspeitas de intenções violentas entre os vizinhos.
No dia do ataque, Francisco seguiu para a Praça dos Três Poderes, a cerca de 33 km de sua casa, onde detonou um artefato explosivo instalado em um veículo, antes de acionar outro explosivo próximo ao STF. O ato foi precedido por comentários de que “todos ouviriam falar dele”, sugerindo um desejo de notoriedade.
A investigação segue para compreender os motivos e o planejamento por trás do ataque, enquanto a comunidade local reflete sobre os sinais ignorados que poderiam ter prevenido a tragédia.
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