Ato é investigado pela Polícia Federal como um possível atentado terrorista
Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que o catarinense Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morre urante as explosões na Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira, 13.
O vídeo divulgado na manhã de quinta, 14, mostra os momentos exatos do ataque, em que Francisco, conhecido como “Tiü França” e ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul (SC), aproximou-se do Supremo Tribunal Federal (STF) segurando um guarda-chuva.
Após largar o item no chão, ele retirou materiais de uma mochila e lançou explosivos na direção da Estátua da Justiça. A seguir, ele se deitou perto do artefato, que começou a soltar fumaça antes de explodir.
Logo após a explosão, seguranças do STF isolaram a área e colocaram cones ao redor do corpo de Francisco, aguardando a chegada da perícia. Antes do ataque, um carro registrado no nome de Francisco explodiu no estacionamento próximo ao STF, o que levou à evacuação emergencial dos ministros e ao isolamento de toda a Praça dos Três Poderes.
O atentado gerou grande tensão na capital federal, e medidas de segurança foram imediatamente reforçadas em diversos prédios públicos da cidade, incluindo os palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu.
Francisco havia se mudado para o Distrito Federal há cerca de três meses, morando em uma casa alugada em Ceilândia. Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal, o carro de Francisco continha explosivos, o que sugeriu a possibilidade de um ataque premeditado.
A Polícia Federal (PF) anunciou que um inquérito será aberto para investigar as circunstâncias do atentado, que é tratado como terrorismo.
Publicações nas redes do catarinense indicavam possível ataque
Nas redes sociais, Francisco deixou mensagens indicando um ataque contra figuras políticas que ele denominava de “comunistas”, incluindo celebridades e políticos de destaque.
Em publicações feitas antes do atentado, ele ameaçou realizar mais ações e fixou o dia 16/11/2024 como a data limite para novas ocorrências, alimentando ainda mais a tensão sobre a possível continuidade dos ataques.
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Na madrugada de quinta-feira, 14, a segurança no STF foi intensificada. A Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Militar do Distrito Federal e o esquadrão antibombas, realizou uma varredura completa nos prédios da Praça dos Três Poderes, em busca de possíveis artefatos explosivos.
O expediente do STF foi suspenso até o meio-dia devido à ameaça iminente.
O atentado, que resultou na morte de Francisco no local, e o risco de novas explosões levaram as autoridades a adotarem uma postura mais rígida no controle da segurança em Brasília. A Polícia Federal investiga os possíveis envolvidos e os reais motivos do ataque.
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