Além da pena pelos crimes, o MPSC solicitou à Justiça que o réu fosse condenado a indenizar as vítimas.
Um líder religioso foi sentenciado a 45 anos de prisão por crimes sexuais cometidos contra pelo menos cinco mulheres na cidade de Tubarão. As acusações incluem estupro, violação sexual por meio de fraude e importunação sexual.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o acusado se aproveitava de sua posição de autoridade religiosa para abusar das mulheres que frequentavam os rituais que ele conduzia.
Durante o processo judicial, ficou evidente que o réu explorava os momentos de vulnerabilidade emocional das vítimas, que buscavam conselhos ou apoio espiritual.
Em diversas situações, o homem teria simulado estar possuído por entidades espirituais, afirmando às vítimas que seus problemas só poderiam ser resolvidos por meio de relações sexuais com ele.
Ele utilizava os rituais como uma forma de se aproximar das mulheres, tocando-as e, em alguns casos, usando violência para silenciá-las. Além disso, o réu enviava mensagens de teor sexual para as vítimas antes e depois dos abusos, sempre sem o consentimento delas.
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O Ministério Público destacou que “o acusado manipulava a fé e a espiritualidade das fiéis, utilizando sua posição de autoridade para criar um ambiente de medo e submissão, explorando a vulnerabilidade emocional e a procura por orientação espiritual, o que resultou em diversos atos de violência que causaram um profundo abalo psicológico nas vítimas.”
Além da pena pelos crimes, o MPSC solicitou à Justiça que o réu fosse condenado a indenizar as vítimas, com valores que variam de R$ 10 mil a R$ 20 mil. O direito de recorrer em liberdade foi negado ao acusado, que está preso desde maio.
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