O crime ocorreu em 3 de dezembro de 2022, quando o policial, em um dia de folga, foi a uma boate e tentou intervir em uma confusão.
Após três dias intensos de julgamento, o Tribunal do Júri em Tangará, Meio-Oeste de Santa Catarina, concluiu um dos processos mais aguardados pela comunidade local.
Seis dos oito acusados pela morte brutal de um policial militar identificado como Marcos Alberto Burzanello, foram condenados por homicídio, enquanto os outros dois foram sentenciados por lesão corporal seguida de morte.
A sentença foi lida na noite da última quarta-feira, no salão do Clube Rio Bonitense, onde o julgamento foi transferido devido ao grande número de pessoas presentes.
O crime ocorreu em 3 de dezembro de 2022, quando o policial, em um dia de folga, foi a uma boate e tentou intervir em uma confusão. Segundo os autos, a tentativa de evitar a briga resultou em um ataque brutal.
O policial foi agredido com socos, chutes, pedradas e garrafadas, que o deixaram no chão, sem chances de defesa. Durante a violência, houve ainda uma disputa pela arma da vítima, o que resultou em um disparo acidental que feriu sua perna.
O policial foi socorrido e levado a um hospital em Joaçaba, mas, devido à gravidade das lesões, não resistiu, deixando uma filha pequena.
Imagens de câmeras de segurança, apresentadas durante o julgamento, mostraram o envolvimento de cada réu, desde a imobilização da vítima até os atos de agressão.
Testemunhas e familiares acompanharam atentamente a apresentação das provas e depoimentos. Alceu Rocha, promotor responsável pelo caso, enfatizou durante suas alegações que o ataque foi premeditado e covarde, destacando o papel de cada acusado na execução do crime.
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Os seis condenados por homicídio receberam penas de 18 a 22 anos em regime fechado, agravadas pelo motivo fútil e pela crueldade, além do fato de a vítima ser um agente de segurança.
Já os outros dois acusados foram sentenciados a cinco anos e quatro meses em regime semiaberto, por lesão corporal seguida de morte.
Rocha afirmou que a decisão representa não só uma resposta ao crime, mas também um recado contra a violência, reforçando a função social do Tribunal do Júri.
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