Ele já havia sido preso em 2013, mas ficou apenas 20 dias.
Nilson Nelson Machado, conhecido como Duduco, ex-deputado de Santa Catarina, foi detido no centro do Rio de Janeiro na última quarta-feira (2), após permanecer mais de um ano foragido. A prisão foi realizada pela Polícia Federal, que informou que o ex-parlamentar foi condenado por estupro de vulnerável.
Segundo divulgado pelo G1 SC, as acusações contra Duduco surgiram em 2013, quando crianças sob seus cuidados em um abrigo relataram abusos. A defesa do ex-deputado nega as alegações e sustenta que a suposta vítima recuou em suas acusações, afirmando ter sido coagia a denunciá-lo.
Com 63 anos, Duduco foi localizado após um trabalho conjunto entre as autoridades, e o mandado de prisão definitiva foi emitido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Florianópolis.
O ex-deputado era uma figura conhecida em Florianópolis, destacando-se por seu envolvimento em projetos sociais voltados para crianças carentes, incluindo a administração de uma creche que leva seu nome por mais de três décadas.
Duduco já havia sido preso em 2013, mas ficou apenas 20 dias na penitenciária do Bairro Agronômica, em Florianópolis, antes de ser libertado. Após a recente prisão, ele foi transferido para o sistema prisional do Rio de Janeiro.
Em uma reportagem da NSC TV, à época RBS TV, o ex-deputado foi filmado confessando ter se envolvido com menores do abrigo. Durante a gravação, ele mencionou seu relacionamento com os adolescentes, mas negou publicamente as acusações em várias ocasiões.
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A defesa de Duduco, liderada pelos advogados Hélio Brasil e Deivid Prazeres, afirma que um recurso e um habeas corpus estão sendo processados nos Tribunais Superiores, visando anular a condenação.
Os advogados argumentam que a acusação se baseia em um único depoimento de uma das 73 crianças que Duduco alegadamente acolheu, e que essa criança, ao atingir a maioridade, se retratou e afirmou ter mentido sob pressão.
A defesa expressa confiança na revisão do caso e na justiça, acreditando que a condenação de Duduco foi injusta.
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