Uma investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apontou que Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) treinaram integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) a manusear e atirar com fuzis.
O objetivo dos treinamentos, segundo a polícia, eram ataques conhecidos como “novo cangaço” ou “domínios de cidade” ocorridos em cidades pequenas que miram assaltar bancos e transportadora de valores.
Além de treinar os integrantes, os CACs também forneceram armas e munições, apontam as investigações.
Em 2019, as regras dos CACs foram flexibilizadas, o que permitiu que mais pessoas tivessem acesso a armas por meio dessa modalidade.
Com as mudanças, o número de novas armas registradas por ano saltou de 59 mil, em 2018, para 431 mil em 2022.
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Vídeos obtidos pelos promotores e delegados mostram um dos investigados, que têm registro como CAC, explicando para dois integrantes do PCC como usar um fuzil.
Na última terça-feira, 10, a Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prenderam três pessoas na segunda fase da operação.
Na primeira fase, foram presos 4 CACs que forneceram armas e munições para o PCC. Esse núcleo da facção financiou pelo menos quatro “domínios de cidade”: Criciúma (SC) (2020), Guarapuava (PR) (2022), Araçatuba (SP) (2021) e Confresa (MT) (2023).
Desde o começo do ano, 18 pessoas já foram denunciadas pelo Ministério Público.
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