A reforma necessária para restabelecer a funcionalidade completa da barragem foi estimada em R$ 25,3 milhões.
O governo de Santa Catarina divulgou recentemente um relatório que expõe falhas significativas na barragem de Ituporanga, uma das principais estruturas do sistema de contenção de enchentes no Vale do Itajaí.
O documento destaca uma “situação crítica” e a necessidade imediata de reformas para garantir o pleno funcionamento da barragem, construída em 1976.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) já havia pressionado o governo estadual para iniciar as obras até o final de setembro, mas o prazo para o cumprimento dessa determinação parece inviável.
O edital de licitação para a reforma, publicado esta semana, prevê que as propostas sejam abertas somente em 7 de outubro. Caso o prazo não seja cumprido, o governo poderá enfrentar uma multa diária de R$ 100 mil.
Conforme o relatório, as comportas C4 e C5 da barragem estão inoperantes, comprometendo a segurança da estrutura. A situação se agravou após fortes chuvas em 2023, que causaram danos na comporta C4, levando à inundação da sala das comportas e afetando os sistemas hidráulicos e elétricos. Atualmente, a barragem opera com apenas três das cinco comportas.
A reforma necessária para restabelecer a funcionalidade completa da barragem foi estimada em R$ 25,3 milhões, com recursos inteiramente do governo estadual.
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As obras incluem desde a substituição das comportas até a instalação de um sistema de automação para permitir o controle remoto das operações.
O governo catarinense está correndo contra o tempo para iniciar as obras, mas enfrenta desafios burocráticos e técnicos. Segundo a Defesa Civil, embora a estrutura esteja sendo monitorada, a reforma é essencial para evitar falhas catastróficas que possam comprometer a segurança do Vale do Itajaí. A expectativa é que, uma vez iniciadas, as obras sejam concluídas em 330 dias.
As medidas previstas no edital incluem a limpeza e recuperação das galerias de drenagem, tratamento das estruturas de concreto, instalação de novos sistemas elétricos e automação, entre outras intervenções. A prioridade inicial será resolver os problemas nas comportas C4 e C5 antes de passar para as demais.
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