Além do racismo, ela também respondeu por injúria racial.
Na última quarta-feira (21), a socialite Dayane Alcântara Couto de Andrade, mais conhecida como Day McCarthy, foi condenada pela Justiça Federal a 8 anos e 9 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, por crimes de racismo e injúria racial.
A decisão foi relacionada a ofensas cometidas contra Chissomo Ewbank Gagliasso, filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank.
O caso remonta a 2017, quando a menina, então com 4 anos, foi alvo de ataques racistas na internet. Somente em 2021, os pais conseguiram formalizar uma denúncia, que culminou na sentença recentemente anunciada.
Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank usaram as redes sociais para expressar sua satisfação com a decisão judicial.
Em suas publicações, destacaram o impacto do racismo na vida de crianças negras e condenaram a postura de Day McCarthy. Eles ressaltaram que a condenação, considerada a maior já registrada no Brasil para crimes dessa natureza, marca um passo importante na luta contra o racismo no país.
“Essa é a primeira vez que, em reposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez”, afirmaram os pais de Títi.
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A advogada da família, Juliana Souza Oris, também celebrou a sentença, classificando-a como uma vitória não apenas para os envolvidos diretamente, mas para toda a sociedade brasileira.
Ela enfatizou a importância do rigor na punição de crimes raciais, ressaltando que essa é a primeira vez que o Brasil impõe uma pena de prisão em regime fechado por tais delitos.
A Justiça Federal do Rio de Janeiro, responsável pelo caso, informou que o processo corre em segredo de Justiça, o que limita a divulgação de detalhes específicos sobre o andamento do julgamento.
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