Em SC, empresário é suspeito de forjar a própria morte e aplicar golpe bilionário

O esquema sob investigação baseava-se em promessas de rendimentos mensais.

A VR Brasil Patrimonial, uma empresa de investimentos imobiliários com sede em São José, na Grande Florianópolis, em SC, está no centro de uma investigação conduzida pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e pelo Ministério Público de Santa Catarina.

A suspeita é de um esquema de fraude que pode ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão, envolvendo milhares de investidores.

O esquema sob investigação baseava-se em promessas de rendimentos mensais de 3,3%, atribuídos à valorização imobiliária no litoral catarinense.

Investidores eram atraídos a aplicar valores entre R$ 10 mil e R$ 30 mil por mês, com alguns aportes individuais chegando a quase R$ 1 milhão. No total, 2.240 pessoas alegam ter sido lesadas, acumulando um prejuízo estimado em quase R$ 1 bilhão.

A situação da VR Brasil Patrimonial complicou-se ainda mais com a morte de seu único sócio, Márcio Ramos, em um acidente de moto no dia 16 de maio.

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A morte de Ramos gerou controvérsias e algumas teorias de conspiração entre os investidores, que especulam a possibilidade de ele ter forjado o próprio falecimento para escapar das consequências legais e financeiras.

No entanto, o advogado da empresa, Ângelo Coelho, assegurou que a morte de Ramos é legítima, apresentando documentos oficiais para comprovar o fato.

A crise financeira da empresa, intensificada pela gestão anterior que oferecia promessas insustentáveis de retorno, levou Coelho a iniciar um processo de recuperação judicial. As autoridades mantêm o andamento das investigações em sigilo.