A morte da empresária e ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, na última terça-feira (28) em Manaus, revelou um grupo religioso liderado por sua mãe e irmão, Cleudimar e Ademar Cardoso, respectivamente.
Suspeita-se que Djidja tenha morrido por overdose de cetamina, substância central nos rituais do grupo, “pai, mãe, vida”, usada como anestésico e conhecida por seu uso recreativo ilegal desde 1980, segundo o G1.
A Polícia Civil, após 40 dias de investigação, prendeu cinco membros, incluindo familiares de Djidja, por envolvimento em práticas ilegais e violentas, como uso indiscriminado de cetamina, abuso sexual, aborto forçado e cárcere privado.
Conforme as investigações, a seita liderada pelos familiares de Djidja acreditava que Ademar era Jesus, Cleudimar era Maria e a própria Djidja era Maria Madalena.
A ketamina ou cetamina, era usada pela seita e seus membros com o intuito de se elevar espiritualmente, além disso, utilizavam como manual o livro “Cartas para Cristo”, conforme o Metrópoles. A polícia revelou que os rituais aconteciam na casa da família e nos salões de beleza.
De acordo com a PC-AM, duas vítimas relataram que quando dopadas eram estupradas e mantidas em cárcere privado, sem nem mesmo acesso ao banheiro, segundo o BNC Amazonas.
A operação Mandrágora desmantelou o esquema, na última sexta-feira (31), apreenderam drogas e instrumentos médicos usados nos rituais: seringas e agulhas.
Além disso, foram apreendidos computadores, celulares e documentos da casa da família, do salão de beleza e de uma clínica veterinária.
Quatro pessoas foram presas: Ademar, Cleudimar e duas funcionárias do salão. Bem como, a quinta pessoa teve sua prisão preventiva decretada.
O grupo vai responder por associação e tráfico de drogas, por colocar em risco a saúde ou a vida de terceiros, falsificação, adulteração de produtos, aborto induzido sem o consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.
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