O documento revela a composição dos resíduos sólidos gerados pela população, buscando nortear futuras estratégias para melhoria da gestão municipal e regional
Identificar e qualificar os resíduos gerados por cada município. Este é o foco da Análise Gravimétrica dos Resíduos feita pelo Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí – CIMVI, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI.
Os resultados desta análise geraram um documento entregue aos municípios durante encontro realizado na manhã do dia 23 de abril, no auditório Oikos do CIMVI, em Timbó.
Participaram desta entrega os representantes das gestões municipais de resíduos e da educação ambiental dos municípios consorciados. O estudo representa um marco importante para a gestão regionalizada dos resíduos.
“Com base neste documento, cada município terá uma visão do que seus munícipes estão destinando tanto ao Aterro Sanitário como também à coleta seletiva, servindo como uma ferramenta importante para traçar estratégias e ações mais efetivas”, destaca a gestora de Serviços Ambientais do CIMVI, Sandra Regina Batista.
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Ela acrescenta que a gravimetria mostrou a realidade da separação e destinação dos resíduos, fato este que pode ser melhorado através de maior participação das comunidades e o reforço nas campanhas locais de conscientização.
“O resultado gravimétrico servirá para que os municípios possam agir de forma pontual, investindo em informação a fim de conscientizar cada vez mais a população e melhorar o cenário local e, consequentemente, o regional”, ressalta.
Desenvolvida com o apoio técnico do SENAI, a caracterização gravimétrica se destaca como uma técnica analítica fundamental para a gestão dos resíduos sólidos urbanos. Essa metodologia baseia-se na separação e na medição dos resíduos sólidos, possibilitando a determinação precisa de sua composição em peso, volume e densidade.
“A gravimetria permite uma compreensão detalhada da composição dos resíduos, identificando os materiais predominantes, sua origem e características físico-químicas”, explica o consultor técnico do SENAI, responsável pela elaboração do documento, Bruno Haas.
O estudo traz informações por município e o panorama regional e sua atualização ocorrerá a cada 2 anos. Bruno acrescenta que esses dados são essenciais para que cada município adote medidas assertivas, garantindo melhor reaproveitamento dos resíduos, já que muitos deles ainda estão sendo destinados de forma incorreta.
“Todas as informações que constam no estudo serão a base para que cada município analise a sua gravimetria, prepare novas estratégias para corrigir o que está com problema e também verifique sua posição perante os demais municípios consorciados”, conclui.
Análise revelou dados importantes para ações futuras
Durante o encontro, foi apresentada a metodologia empregada para as análises da composição dos resíduos provenientes das coletas convencional e seletiva realizadas em 2023, assim como os resultados obtidos em cada amostragem, por município.
“Esses dados vão permitir que o município analise se as ações que vem realizando estão sendo positivas e em quais pontos ainda precisam melhorar”, comenta a engenheira ambiental da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente de Indaial, Maria Pires Prates.
Esta visão também é compartilhada pelo técnico em Saneamento do Serviço Autônomo de Água e Esgoto – Samae de Timbó, Rodrigo Catafesta Francisco. “Sabemos que o problema da gestão de resíduos é comum a todos os municípios e o CIMVI, sendo uma referência nacional nesta área, nos ajuda a encontrar soluções comuns que refletem na qualidade de vida local e regional”.
Rodrigo finaliza que o estudo reflete o trabalho de educação ambiental já realizado nos municípios e norteia as futuras ações que precisam ser tomadas, concentrando esforços para melhorar ainda mais a separação e destinação correta dos resíduos sólidos urbanos.
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