Os impactos na agricultura são expressivos, com um prejuízo estimado em R$ 6 milhões.
Na região do Alto Vale do Itajaí, a cidade de Rio do Sul enfrenta uma situação crítica após uma enchente devastadora, deixando 1.655 pessoas desabrigadas, abrigadas temporariamente em 21 locais designados para tal. De acordo com os registros da prefeitura, esse número representa 575 famílias afetadas pelo desastre.
A Defesa Civil local precisou ajustar os níveis de alerta, reduzindo a cota de inundação para 10 metros e a cota de atenção para 11 metros. Até o momento, apenas 1,2 milímetro de chuva foi registrado, contribuindo para a diminuição do nível do rio e trazendo um pouco de alívio.
Apesar da previsão de tempo estável até a próxima segunda-feira (27), o órgão responsável, disponível pelo número 199, permanecerá em prontidão para atender às demandas da comunidade. Novas atualizações serão comunicadas caso haja mudanças climáticas significativas.
Agricultura sofre grandes perdas
Os impactos na agricultura são expressivos, com um prejuízo estimado em R$ 5.415.949,00 até o momento. A produção de arroz e milho foi duramente atingida, seguida por cultivos de fumo e trigo. Além desses, a cebola, feijão, melancia, hortaliças e gado de corte também sofreram danos. A forte chuva afetou propriedades, alagou áreas e causou estragos em infraestruturas como pontes e estradas.
Em outra ocorrência no mês de outubro, apesar de uma enchente de menor proporção, os prejuízos já somavam R$ 3,79 milhões. Esse levantamento foi resultado de uma colaboração entre a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente da prefeitura e a Epagri.
Segundo relatórios, cerca de 61% dos 1.348 hectares destinados a esses cultivos tiveram perdas significativas, atingindo aproximadamente 822,4 hectares. Contudo, a estimativa de prejuízos pode ser maior, já que nem todas as propriedades reportaram suas possíveis perdas.
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O excesso de chuvas prejudicou a germinação do arroz, demandando replantio em certas áreas. Nas áreas mais baixas, as enchentes contínuas resultaram na perda total das plantações. Mesmo as plantas que sobreviveram enfrentam desafios, afetando a produção e a qualidade dos grãos. Além disso, a perda de fertilizantes, mudas, sementes e danos a infraestrutura e ao solo são outras consequências desse desastre natural.
O cenário agrícola permanece desafiador, afetando não apenas a produção imediata, mas também comprometendo a qualidade do solo e exigindo esforços de recuperação a longo prazo para os agricultores da região de Rio do Sul.
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