Caminhões carregados com alimentos, água e medicamentos, enviados como ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, atravessaram a fronteira do Egito na manhã deste sábado, 21.
Os veículos, que haviam ficado dias retidos no Egito, ingressaram na região através da fronteira de Rafah, após intensas disputas diplomáticas sobre as condições de entrega dos bens.
Rafah é a principal rota de entrada e saída da Faixa de Gaza que não é controlada por Israel, e tem sido o foco dos esforços para fornecer ajuda aos 2,3 milhões de residentes de Gaza.
No entanto, a entrega da ajuda humanitária ainda enfrenta limitações.
Apenas 20 caminhões foram autorizados a entrar, de acordo com o gerente do Crescente Vermelho do Qatar, Ahmad Nassar, que está em Gaza e falou com a Reuters.
“Hoje recebemos cerca de 20 caminhões de ajuda.
Este número não é de forma alguma suficiente para cobrir a necessidade humanitária em Gaza, uma vez que a deterioração das condições na Faixa de Gaza exige muito mais do que ajuda.
É necessário o fim da agressão a Gaza, e depois a reconstrução de Gaza e a elevação da situação humanitária da população.”
Os militares israelenses anunciaram que a ajuda humanitária será direcionada apenas para as áreas do sul do enclave, onde os civis palestinos foram forçados a se reunir para evitar os combates entre Israel e o grupo palestino Hamas.
O bloqueio imposto por Israel interrompeu o fornecimento de água, comida, combustível e eletricidade, e também resultou em ataques aéreos em Gaza, após um ataque em solo israelense pelo Hamas em 7 de outubro.
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Agências da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiram um apelo por um cessar-fogo e acesso humanitário irrestrito em toda a Faixa de Gaza.
Elas enfatizaram a necessidade de permitir que agentes humanitários cheguem aos civis necessitados, salvem vidas e evitem mais sofrimento humano.
Além disso, destacaram a importância de fluxos de ajuda humanitária em escala e sustentados, para preservar a dignidade de todos os habitantes de Gaza.
“Pedimos um cessar-fogo humanitário, juntamente com o acesso humanitário imediato e irrestrito em toda a Faixa de Gaza.
(O acesso é) para permitir que os agentes humanitários cheguem aos civis necessitados, salvem vidas e evitem mais sofrimento humano”, disse comunicado conjunto do PNUD, OMS, Unicef, UNFPA e PMA.
“Os fluxos de ajuda humanitária devem ser em escala e sustentados, e permitir que todos os habitantes de Gaza preservem sua dignidade.”
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