A medida de emergência visa evitar uma catástrofe de inundações em várias cidades do estado.
Em um cenário de emergência sem precedentes, a Defesa Civil de Santa Catarina toma uma decisão crucial, abrindo as comportas da Barragem de José Boiteux, a maior do estado. Esta ação drástica vem após um mês de outubro devastador, com o Vale do Itajaí enfrentando o dobro da média histórica de chuvas para o período. As barragens de Taió e Ituporanga também estão transbordando, marcando um evento inédito em que as três principais barragens do estado estão inundadas simultaneamente.
Uma operação massiva foi lançada para conter a ameaça, mobilizando viaturas da Polícia Militar e uma aeronave da Força Aérea Brasileira. A medida de emergência visa evitar uma catástrofe de inundações em várias cidades do estado que já sofreram graves danos devido às chuvas incessantes.
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Em um comunicado ao Procurador Geral do Estado, a Defesa Civil enfatizou a gravidade da situação, mesmo observando uma diminuição gradual dos níveis dos rios. A decisão foi baseada em critérios técnicos, levando em consideração a interrupção das chuvas e a ausência de previsão de volumes significativos para as próximas 24 horas.
No entanto, essa posição oficial tem sido alvo de críticas por parte da comunidade indígena local. Em uma série de declarações nas redes sociais, os representantes indígenas acusam o estado de divulgar informações “tendenciosas e totalmente mentirosas”.
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O conflito entre a comunidade indígena e as autoridades já estava em andamento. A Justiça Federal havia negado um pedido de indenização dos indígenas, que alegavam negligência e violação de seus direitos por parte do governo. Segundo um relatório divulgado pelos indígenas, a ação policial recente resultou em vários feridos e agravou a “crise sanitária e humanitária” na região.
O Governo Federal enviou uma equipe para investigar a conduta dos policiais militares envolvidos na missão em José Boiteux. O Governador Jorginho Mello afirma que todas as demandas dos líderes indígenas foram atendidas, o que foi confirmado pela Justiça Federal.
As próximas horas e dias serão cruciais para determinar o impacto total desta situação sem precedentes em Santa Catarina, à medida que o estado lida com as inundações devastadoras e um conflito em curso com a comunidade indígena.
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