Os criminosos utilizavam uma rede de empresas de fachada e pessoas físicas como "laranjas".
Na manhã desta quinta-feira (28), uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) desencadeou a operação “Fundraising”. O alvo principal da operação é uma organização criminosa suspeita de ter fraudado inúmeros processos licitatórios e movimentado mais de R$ 18 milhões em recursos públicos.
No total, 16 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em diferentes localidades, incluindo Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Gravatal e Brasília, como parte da ofensiva para desarticular essa perigosa organização criminosa.
A investigação, conduzida pelo MP-SC em colaboração com o Gaeco e o Grupo Especial Anticorrupção (Geac), revela as práticas adotadas pela organização criminosa. Utilizando uma rede de empresas de fachada e pessoas físicas como “laranjas”, eles influenciavam e direcionavam a elaboração de editais de licitação, forjando modelos que favoreciam suas operações junto a instituições públicas.
Um dos principais focos da organização criminosa era a captação de recursos junto aos órgãos legislativos com sede em Brasília, onde elaboravam e acompanhavam projetos voltados para municípios catarinenses de pequeno porte. No entanto, a investigação descobriu não apenas indícios de fraudes licitatórias, mas também indícios de contraprestação financeira a agentes públicos, uma vez que as empresas contratadas frequentemente não entregavam os serviços contratados.
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Segundo as descobertas da investigação, a organização teria participado e vencido em 308 processos licitatórios, celebrando contratos com 146 municípios catarinenses. No entanto, muitos desses contratos resultaram em serviços não prestados.
Os crimes sob investigação incluem organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e fraude em licitação.
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