Julho de 2023 marcou um mês histórico no Brasil, com temperaturas extremamente altas que não eram vistas há mais de seis décadas.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a média de temperatura registrada em todas as estações do país foi de 23°C, 1°C acima da série histórica de 22°C.
Assim, o período tornou-se o mês mais quente desde que as medições começaram a ser feitas em 1961.
O aumento das temperaturas foi mais pronunciado nas regiões do sul da Amazônia, Centro-Oeste e Sul do Brasil.
Em algumas capitais, as médias de temperaturas máximas e mínimas ficaram muito acima do esperado.
O destaque é Porto Alegre, onde a média de temperaturas mínimas foi quase 2°C acima do histórico.
De acordo com a meteorologista Danielle Barros do Inmet, o aumento das temperaturas no inverno tem sido progressivo nos últimos 15 anos.
Além disso, ela explica que o fenômeno é influenciado, entre outros fatores, pela substituição de áreas verdes por edificações, que contribui para o aquecimento.
O fenômeno El Niño também teve impacto nos recordes de calor, gerando alterações climáticas significativas nas temperaturas e no regime de chuvas.
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A previsão para os próximos três meses é de um aumento nas temperaturas médias entre 1°C e 1,5°C.
Esse aumento deve afetar principalmente as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, apontando para a continuidade desse cenário preocupante.
Julho bateu recordes de temperatura em outros países
Além do Brasil, outros países também enfrentaram ondas de calor intensas em julho.
A Espanha registrou uma temperatura média de 25,6°C, marcando também um recorde histórico de calor.
O Reino Unido, mais especificamente Londres, viu os termômetros atingirem a marca de 40,2°C, também representando altas temperaturas nunca antes vistas na região.
O do Inmet afirme que agosto deverá ter temperaturas altas, mas não tão extremas quanto as de julho.
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