Presidente Macron condenou a ação policial de “imperdoável” enquanto 150 pessoas vão presas
Na terça (27), a Polícia da cidade de Nanterre, vizinha de Paris, assassinou um jovem com tiro no peito e a queima-roupa. O fato ocorreu durante uma operação de trânsito, quando pararam um carro com três jovens. Um deles conseguiu fugir e o outro acabou detido.
Na quarta (28), o presidente Emmanuel Macron se dirigiu ao Twitter para condenar a ação policial. Segundo ele, “nada justifica a morte de um jovem. É inexplicável, imperdoável”. A Polícia, no entanto, não gostou das palavras do presidente.
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O assassinato do jovem, identificado como Nahel e de 17 anos, foi gravado em vídeo. O advogado da família, Yassine Bouzrou, afirmou que a gravação mostra claramente uma execução. Ainda segundo Bouzrou, a defesa do policial era, portanto, “ilegítima”.
O policial responsável pelo disparo está detido sob custódia e aguarda julgamento. Ele nega que tenha atirado para matar, afirmando que buscou se defender de uma ameaça. O homem recebe acusações de homicídio culposo, quando não há intenção de matar ou acontece por acidente.
Mounia, mãe de Nahel, convocou protestos públicos através de um vídeo para o Tik Tok. A gravação mobilizou, então, mais de 150 protestantes, que usaram de violência contra as forças de segurança na cidade.
Laurent Nuñez, chefe da Polícia de Paris, concorda que o fato precisa de investigação, mas não descarta que o policial tenha agido em legítima defesa ao se considerar ameaçado.
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