Divergências entre chefes militares e ameaças de invasão amedrontam Exército russo
Na sexta (23), Yevgeny Prigozhin, chefão e líder do grupo mercenário russo Wagner, anda se desentendendo com o Exército russo. Em vídeos recentes, disponibilizados no Telegram, Prigozhin têm alertado sobre ambições e corrupções dentro do governo de Moscou.
Entre outros fatores, a mais grave das acusações é de que o Ministério da Defesa russo anda atacando acampamentos dos mercenários e causando mortes. Com essa informação, portanto, Prigozhin prometeu retaliação contra os militares. Em mensagem de vídeo, ele manda um ultimato:
“Aqueles que destruíram nossos homens serão punidos. Peço que ninguém ofereça resistência. Somos 25 mil e vamos descobrir por que o caos está acontecendo no país. Este não é um golpe militar, é uma marcha por justiça. Nossas ações não interferem de forma alguma nas tropas” – exclamou o líder do grupo Wagner.
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A resposta de Moscou foi rápida. O Ministério da Defesa desmentiu as acusações e disse que as falas de Prigozhin “não correspondem à realidade e são uma provocação informativa”. O FSB, serviço de segurança da Rússia, abriu então um processo criminal contra o líder, por instigar uma rebelião.
Parte das equipes do grupo Wagner, que estão em Moscou, começaram a se mobilizar. O fato levou ao governo reforçar a segurança na capital russa, por medo de uma intensa batalha interna ou invasão ao Kremlin. Rodovias e ruas que levam à Moscou também acabaram interditadas.
O Kremlin afirma que o presidente Putin está informado sobre a situação e, portanto, tomará as medidas cabíveis para resolvê-la.
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