Projeto de perfuração e escavação de 457 dias possui objetivos científicos e econômicos em um dos pontos mais profundos do planeta
Recentemente, a China iniciou a perfuração de um buraco que deve alcançar 11.1 km de profundidade, no deserto de Taclamacã, noroeste do país. Tal feito pode atingir camadas tão profundas que são resquícios do Período Cretáceo da Terra, há 145 milhões de anos atrás.
Os objetivos: ciência e economia. O projeto é da companhia petroquímica estatal Sinopec, sob a gigante Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC). A escavação do buraco visa extrair petróleo e gás natural, porém, cientistas também acompanham o processo em busca de descobertas científicas significativas.
LEIA TAMBÉM:
“A dificuldade de construção deste projeto de perfuração é como dirigir um caminhão sobre dois cabos de aço finos. A estabilidade desse poço também é um grande desafio” – comentou Sun Jinsheng, cientista da Academia Chinesa de Engenharia.
A perfuração irá durar cerca de 457 dias, de acordo com os planos iniciais, e utilizará de mais de 2.000 toneladas de equipamentos.
Até os dias de hoje, o maior recorde alcançado em escavações foi da extinta União Soviética: 12,2 km de profundidade. A escavação durou quase duas décadas e terminou em 1989.
Sugestão de pauta