Marinha norte-americana chama atitude de “interação insegura”, enquanto porta-voz chinês justifica a ação como “medidas razoáveis e legítimas”
Nesta segunda (5), a Marinha dos EUA divulgou na internet um vídeo que mostra um navio de guerra da China cruzando rotas com um ‘destroyer’ estadunidense. O fato ocorreu no Estreito de Taiwan, agora com alta circulação de navios de guerra dos dois países e provocações constantes.
The US Navy releases video showing a Chinese warship came within 150 yards of its destroyer in the Taiwan Strait, in what the military officials called an ‘unsafe interaction’ https://t.co/h54Objqb8n pic.twitter.com/TcDDL9D4RX
— Reuters (@Reuters) June 5, 2023
De acordo com os militares estadunidenses, o navio USS Chung-Hoon realizava um trânsito rotineiro com o navio HSMC Montréal, do Canadá. No entanto, a China já havia deixado claro que não gosta da presença dos países aliados no Estreito de Taiwan. Segundo eles, o fato tem apenas o objetivo de provocar conflito e atrapalhar a estabilidade e paz.
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O capitão do USS Chung-Hoon aparentemente envia uma mensagem de rádio para o navio de guerra chinês, avisando sobre “tentativas de limitar a liberdade de navegação”. Porém, não se sabe se obtiveram resposta.
Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, justifica as ações do navio chinês. Ele afirma que as ações dos militares “são completamente razoáveis, legítimas, profissionais e seguras”.
“Os EUA causaram problema e provocação primeiro, enquanto a China lidou com isso de acordo com a lei e os regulamentos depois” – disse Wenbin à imprensa.
Derek Grossman, analista sênior de defesa da empresa RAND Corporation, a serviço dos EUA, comenta sobre o perigo extremo de um acidente a qualquer momento, que pode levar ao conflito armado:
“Me parece que Pequim instruiu suas forças a responder de forma mais assertiva contra o que acredita ser uma invasão de forças norte-americanas e aliadas. Ao fazer isso, a China está apenas aumentando as chances de erros de cálculo, ou seja, navios ou aeronaves colidindo acidentalmente, o que poderia levar a um conflito armado” – afirmou Grossman.
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