“Não temos muita esperança de resgatar ninguém vivo”, diz chefe dos Bombeiros em um dos maiores desastres na história do país
Na sexta (2), dois trens descarrilaram e se colidiram na cidade de Balasore, oeste do estado de Odisha, Índia. Um era trem de passageiros e outro de cargas.
O fato deixou, até o momento da escrita desta matéria, 288 mortos e mais de 1.000 feridos. Rapidamente se tornou um dos maiores desastres na história da Índia, superando um descarrilamento em 2016, que matou mais de 140 passageiros em Uttar Pradesh.
Em entrevista ao noticiário local NDTV, o chefe dos Bombeiros do estado de Odisha, Sudhanshu Sarangi, afirmou “não temos muita esperança de resgatar ninguém vivo”. Segundo ele, a chance de o número de mortos crescer ainda mais é constante, pois ainda existem muitas pessoas presas sob escombros.
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Ashwini Vaishnaw, ministro das Ferrovias da Índia, informou que abriu uma “investigação de alto nível” para apurar o que causou o trágico acidente. Porém, acredita-se que o principal motivo seja a infraestrutura datada e sem a devida manutenção dos trens do país.
Um passageiro relatou que estava dormindo e acordou quando o acidente aconteceu, e ficou sob uma pilha de passageiros que caíram sobre ele:
“Eu estava no fundo da pilha. Minha mão está machucada, está doendo muito, e também a minha nuca. Quando saí do trem, vi que alguém havia perdido a mão, alguém havia perdido um membro, o rosto de outro estava desfigurado…” – disse ao jornal local.
Centenas de pessoas estão em frente a hospitais para doar sangue aos feridos. Cerca de 500 bolsas de sangue foram coletadas na mesma noite, e outras 900 estão em estoque. A demonstração de solidariedade propõe um equilíbrio positivo para o saldo extremamente negativo do acidente.
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