O Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite materno do mundo. Apenas em Santa Catarina, mais de 176 mil litros foram coletados em 22 anos. O Sistema de Informação da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano divulgou essas informações.
Sobretudo, vale reforçar que os recém-nascidos prematuros e de baixo peso têm mais chances de recuperação, bem como de uma vida mais saudável, quando têm acesso a esse leite materno.
Por isso, o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Doação de Leite Humano. A campanha tem o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação.
O lançamento da campanha aconteceu nesta sexta-feira, 19, no Dia Nacional de Doação do Leite Humano. Com a campanha, o Ministério da Saúde pretende aumentar ainda mais o número de doadoras. Em SC, entre 2000 e 2022, 85.853 mulheres doaram e disponibilizaram 176.898 litros de leite materno para os bancos de coletas.
Por isso, o Ministério da Saúde tem como meta para 2023 ampliar as doações e, assim, atender, pelo menos, 60% da demanda por leite humano no país. Ou seja, o equivalente a uma coleta total de 245,7 mil litros.
Em comparação, as doações em 2023, a nível nacional, chegaram a 197 mil, com volume total de 234 mil litros coletados. Sendo assim, as doações beneficiaram 222 mil recém-nascidos.
O Ministério da Saúde também reforça que o leite humano pode reduzir em até 13% a mortalidade de crianças com menos de 5 anos. Isso por que ele traz em sua composição proteção imunológica contra doenças infecciosas e também atua no desenvolvimento afetivo e psicológico.
Rede brasileira de banco de leite materno é referência mundial
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem a maior rede de bancos de leite humano do mundo. Ou seja, o país é referência internacional por usar estratégias que aliam baixo custo e alta qualidade e tecnologia.
Ao todo, o país conta com 227 bancos e 240 postos de coleta de leite materno, distribuídos em todos os estados. Apenas na região sul são 38 bancos em funcionamento.
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Além das ações de coleta, processamento e distribuição, os bancos de leite materno e postos de coleta também oferecem acolhimento, bem como prestam assistência a mulheres, crianças e famílias na prática do aleitamento materno.
Em Santa Catarina, ao longo dos últimos 22 anos, 1.434.771 mulheres receberam assistência e 148.161 recém-nascidos foram beneficiados. Adicionando os números do Paraná e do Rio Grande do Sul, o total ultrapassa os 3,7 milhões de mulheres e quase 600 mil recém-nascidos.
Por fim, o Ministério da Saúde reforça que qualquer quantidade de leite materno importa e pode ser doada. Por exemplo, um pote de 200 ml pode alimentar até 10 bebês e ajudar na recuperação deles. Para doar, basta ser saudável e não usar nenhum medicamento que interfira na amamentação.
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