Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, 1.201 pessoas foram resgatadas de condições análogas à escravidão neste ano. O ministro compartilhou a informação nas suas redes sociais neste sábado, 13.
Em 2023, resgates de pessoas em trabalho escravo aconteceram em 17 das 27 unidades federativas do Brasil. Nas redes, Pimenta escreveu que o governo fará o necessário para construir um país mais justo.
Aliás, os dados do resgate de pessoas em condições análogas à escravidão estão disponíveis no Radar SIT. O site, mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, funciona como um painel de informações e estatísticas sobre as inspeções de trabalho realizadas no Brasil.
Dos casos registrados, 87,3% envolvem trabalho rural. Em Goiás, estado com maior número de ocorrências, o resgate de 372 pessoas aconteceram desde janeiro. Além disso, vale destacar que todas foram em estabelecimentos agrários.
Em seguida aparece o Rio Grande do Sul, com 296 resgates. A inspeção nas vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton, em Bento Gonçalves (RS) impulsionou o número. Na ocasião, encontraram 207 trabalhadores em condições análogas à escravidão.
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Semanas após a fiscalização, em março, aconteceu a assinatura de um acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Nele, as três empresas se comprometeram a pagar R$ 7 milhões em indenizações.
Número recorde de resgates
Os números parciais de 2023 já se aproximam de metade dos resgates de 2022, ano com o maior registro de casos de trabalhadores em condições análogas à escravidão.
Além disso, o número já supera as ocorrências registradas em 2019 e 2020, bem como representam 60% dos registros de 2021.
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