Qin Gang, ministro das Relações Exteriores da China, acusa os EUA de “uma série de palavras e ações errôneas”
Nesta segunda (8), uma reunião entre o chanceler chinês, Qin Gang, com o embaixador norte-americano em Pequim, Nicholas Burns, deixou clara a intenção da China de reestabelecer as relações diplomáticas com os EUA.
Para Gang, tudo começou através de “uma série de palavras e ações errôneas dos EUA”. A fala é uma referência ao caso do balão espião chinês, que sobrevoou áreas nucleares e militares sensíveis dos norte-americanos e acabou abatido no Oceano Atlântico. O Pentágono fez duras críticas à Pequim sobre espionagem, provocando tensões diplomáticas um tanto complicadas.
“A agenda de diálogo e cooperação foi interrompida, e o relacionamento, mais uma vez, esfriou como gelo” – complementou Gang.
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Meses após isso, os EUA começaram a entrar em contato com a ilha de Taiwan. A China, que considera Taiwan como parte de seu território, se irritou profundamente com a firmação de uma parceria entre os países. Vale observar que os EUA também não consideram Taiwan como um país independente, mas insistiu na parceria sem qualquer “dedo” chinês.
As relações chegaram ao ponto da presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, realizar uma visita oficial à Los Angeles. O fato fez com que a China iniciasse um cerco militar de três dias em torno da ilha de Taiwan. Militares chineses treinaram para uma possível invasão ao território taiwanês, e isso chamou a atenção dos norte-americanos, que ameaçaram tomar atitudes “rápidas” caso a China concretizasse o plano.
Acima de tudo, China e EUA são inimigos comerciais por décadas. Desde a ascensão chinesa como mega exportadora mundial, os norte-americanos se mostram atentos para a perda de espaço no mercado. No entanto, a fala do ministro chinês Qin Gang tem como objetivo reestabelecer a amizade e a cooperação entre os países. O objetivo máximo é evitar que um conflito militar aconteça entre os dois e provoque uma resposta global.
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