Ele foi preso por suspeita de participação na adulteração de vacinas de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Mauro Cid Barbosa
A Polícia Federal revelou nesta quarta-feira, 03, mensagens de Ailton Barros, do então candidato a deputado estadual nas eleições de 2022 pelo PL. Ele afirma saber que matou Marielle Franco, vereadora e ativista política. A informação foi divulgada pelo Portal G1.
Ailton está preso desde a manhã desta quarta-feira, 03, no âmbito da operação da PF que investiga esquema de falsificação de dados de vacinação contra Covid-19 envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Inicialmente, o major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, concorreu pelo Partido Liberal a uma vaga como deputado estadual no Rio de Janeiro em 2022. Ele se apresentava como “01 do Bolsonaro” na campanha.
Eleito suplente, Barros tem diversas fotos em rede social ao lado do ex-presidente. Ele foi oficial da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), mas seguiu carreira civil nos últimos anos. Em 2020, foi candidato a vereador pelo PRTB. Além disso, em março de 2022, Barros foi exonerado de um cargo de assessor que ocupava na Casa Civil do governo do Rio de Janeiro.
LEIA TAMBÉM:
Ele está preso por suspeita de participação na adulteração de vacinas de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Mauro Cid Barbosa. O esquema de registros falsos envolvia postos de saúde no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
As investigações sobre Jair Bolsonaro
Além disso, segundo as investigações da PF, as informações falsas alvos desta operação foram inseridas nos sistemas entre os meses de novembro de 2021 e dezembro de 2022. E tiveram como consequência a “alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários”.
De acordo com a Polícia Federal, os alvos da operação alteravam as informações para emitir certificados de vacinação e utilizá-los para burlar “restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19”.
Nesse ínterim, a PF também afirma que o grupo tinha como objetivo “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas. No caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.
Contudo, as ações ocorrem no âmbito do inquérito policial que apura a atuação do que seria uma “milícia digital” em um inquérito no Supremo Tribunal Federal aberto em 2021 pelo ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro fala da Operação Venire
Na manhã desta quarta-feira, antes do seu depoimento, Jair Bolsonaro , falou com a imprensa e reafirmou que não foi vacinado contra a Covid-19. Sua esposa, Michelle Bolsonaro, se imunizou e a filha Laura, não.
Por fim, ele ainda disse que condena a investigação em cima da sua família “No Brasil tudo é possível”, enalteceu Bolsonaro.
Bolsonaro diz que não tomou vacina da Covid-19 e nega adulteração em cartão. @jairbolsonaro pic.twitter.com/gxsJrz1hLd
— Elisa Brom (@brom_elisa) May 3, 2023
Sugestão de pauta