A Shein, gigante chinesa da indústria da moda, firmou uma parceria com a Coteminas, empresa têxtil com sede em Blumenau. O objetivo dessa união é expandir o atendimento da Shein no Brasil e na América Latina.
Primeiramente, o acordo assinado entre as empresas inclui 2 mil confeccionistas da Coteminas como fornecedoras da Shein. Isso deve expandir o atendimento do mercado nacional e latino-americano.
Além disso, também faz parte do acordo um financiamento para capital de trabalho e contrato de exportação.
Inicialmente, o plano prevê a geração de 100 mil empregos diretos e indiretos em até três anos. Por isso, a Shein já começou o processo de contratação, com diversas vagas já anunciadas.
No entanto, a empresa não deve parar por aí. Isso porque os planos incluem o crescimento na América Latina e América do Norte, a partir da produção brasileira. Aliás, esses planos, anunciados na semana passada pela própria Shein, desencadeou a disputa entre os Estados em busca desses investimentos.
Segundo a gigante chinesa, o plano prevê que 85% das vendas do grupo no continente sejam a partir da produção brasileira até o final de 2026. Por isso, para alcançar a meta, a empresa anunciou um investimento de R$ 750 milhões no país.
Coteminas enfrenta protestos por atrasos de pagamentos
Apesar da boa notícia da parceria, a Coteminas enfrenta manifestações de funcionários devido a atrasos em pagamentos de benefícios e do FGTS. Além disso, a empresa sofreu com desempenho fraco em 2022.
Como medida para tentar impulsionar o negócio e regularizar a situação, a Coteminas anunciou a parceria com a Shein. Os efeitos iniciais já podem ser vistos, com as ações da empresa disparando até quase 400% desde o anúncio do início das negociações.
No dia 25, representantes do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial estiveram em Brasília para se reunir com assessores do Ministério do Trabalho. Durante o encontro, os representantes trataram dos impactos da situação da Coteminas.
Segundo o sindicato, os salários dos funcionários já atrasaram duas vezes apenas em 2023, em fevereiro e abril. Até o momento, não houve pronunciamento da Coteminas.
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