Austrália aumentará o poderio militar em resposta à China

Forças Armadas australianas realizarão maior investimento militar do país desde a 2ª Guerra Mundial, ao lado dos EUA e países aliados

Nesta segunda (24), a Austrália anunciou que fará uma revisão completa de seu poderio militar, incluindo o aumento nos investimentos em armamentos de ataque e defesa. A movimentação será a maior entre os australianos desde a 2ª Guerra Mundial, e tudo isso alinhado com os EUA, visando dar uma resposta direta à China em caso de conflito pela Ásia e Oceania.

De acordo com o texto, a Austrália investirá cerca de R$ 65 bilhões, pelos próximos quatro anos, em reforços marítimos, aéreos e antiaéreos. Ainda segundo o documento oficial do governo, R$ 27 milhões investidos na defesa territorial vão para outros setores. A explicação é de que vivemos “na era dos mísseis”, portanto, invasões terrestres se tornam obsoletas e bastante custosas.

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“A ameaça militar à Austrália não requer uma invasão na era dos mísseis. Esse é o mais importante trabalho que fizemos desde o fim da Segunda Guerra. Ele inclui a reforma de bases navais, principalmente no norte do país, que encaram os mares contestados pela China” – informou Anthony Albanese, primeiro-ministro australiano.

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A Austrália fechou, recentemente, uma estreita parceria com os EUA e o Reino Unido. O acordo, chamado de ‘Aukus’, tem como objetivo principal formar uma linha de defesa contra a China nos mares Indo-Pacífico. A parceria significa a saída da Austrália da neutralidade diplomática e militar. No entanto, existe o perigo constante de uma guerra realmente acontecer.

“Temos de evitar o maior nível de risco estratégico que nós enfrentamos como nação agora: a perspectiva de um grande conflito na região. Obviamente vamos fazer isso muito próximos dos EUA. Estamos trabalhando de forma a haver uma intercambialidade dos mísseis de nossas duas forças” – finalizou o australiano Albanese.

Chamada de ‘Guerra Fria 2.0’, os conflitos diplomáticos entre EUA e China pela Ásia, contendo ameaças reais, influenciou não somente a Austrália. O Japão e Taiwan também abdicaram recentemente de suas neutralidades à assuntos militares. Um clima bastante tenso se instaura pelo continente asiático e parte da Oceania.