Yoon Suk-yeol, presidente sul-coreano, afirmou que está aberto às possibilidades de enviar armamentos contra a Rússia
Antes de partir em viagem de Estado para os EUA, o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, comentou sobre a possibilidade de enviar armas à Ucrânia. Pela primeira vez, a Coréia do Sul se abre para armar outro país em situação de guerra, quebrando o próprio silêncio.
“Se houver uma situação em que a comunidade internacional não pode tolerar, como qualquer ataque em larga escala contra civis, massacre ou violação grave das leis de guerra, pode ser difícil para nós insistir apenas em apoio humanitário ou financeiro” – afirmou o presidente Yoon.
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Durante a Guerra da Coréia, que durou de 1950 até 1953 e separou um único país em dois, o lado sul-coreano também recebeu ajuda internacional. Desde o próprio combate até a reconstrução do país, a Coréia do Sul se reergueu com apoios de fora.
Hoje, os sul-coreanos são grandes produtores e vendedores de munições de artilharia. Eles evitavam apoiar diretamente a Ucrânia por medo da aliança entre a Rússia e seu principal inimigo, a Coréia do Norte. No entanto, a situação parece estar mudando, o que pode provocar inúmeras possibilidades e/ou consequências.
“Acredito que não haverá limitações quanto ao apoio para defender e restaurar um país que foi invadido ilegalmente, tanto sob a lei internacional quanto doméstica. No entanto, considerando nosso relacionamento com as partes envolvidas na guerra e os desenvolvimentos no campo de batalha, tomaremos as medidas mais apropriadas” – finalizou Yoon, demonstrando ainda um certo receio com possíveis retaliações.
O presidente da Coréia do Sul viajará aos Estados Unidos na próxima semana, para uma reunião em cúpula com Joe Biden, presidente norte-americano. Eles discutirão a própria guerra na Ucrânia, respostas à Coréia do Norte e os conflitos atuais pelo continente asiático.
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