Rei Salman Al Saud visa a “desdolarização” com a adoção do yuan, a moeda chinesa, para o comércio entre os países
O Palácio al-Salam, em Jeddah, na Arábia Saudita, hospedou a assinatura de um documento que oficializa a parceria entre o país e a China. A união comercial e econômica entre as nações tem como objetivo passar a utilizar o yuan, a moeda chinesa, como a principal moeda nas negociações e comércio.
A Arábia Saudita é o terceiro país a adotar a decisão, após Rússia e Brasil. Com isso, o país passa a fazer parte da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, em inglês). A organização se trata de um bloco político e econômico, do qual também fazem parte a Rússia, Cazaquistão, Paquistão, Índia, Uzbequistão, Quirguistão e Tadjiquistão.
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Aproveitando a situação, o rei saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, demonstrou total interesse em adentrar ao bloco BRICS. Composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o bloco concentra grandes potências (China e Rússia) e países emergentes (Brasil, Índia e África do Sul). Com a possível entrada da Arábia Saudita, o reforço na economia conjunta será de grande impulso para todos, principalmente ao negociarem através da moeda chinesa.
O processo de “desdolarização” do mundo teve início com a Rússia, que visa um mundo cada vez menos controlado pelos EUA e cada vez mais multipolarizado. Nos últimos dias, o Brasil assinou o mesmo acordo com a China, de utilização do yuan para o comércio entre eles.
A atitude não agrada aos EUA, que vêm perdendo cada vez mais espaço na economia mundial e o status de superpotência. Aos poucos, o dólar vai sendo “jogado para escanteio” e desvalorizado.
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