Darya Trepova, jovem russa que é contra a guerra, é a principal suspeita pelo atentado em São Petersburgo
No domingo (2), uma explosão em uma cafeteria de São Petersburgo, na Rússia, matou o famoso blogueiro Vladlen Tatarsky, que apoiava Putin e a guerra contra a Ucrânia.
Um vídeo, gravado por câmeras de segurança do outro lado da rua, mostra uma mulher jovem chegando à cafeteria carregando uma caixa de papelão. Pouco tempo depois de sair do local, ocorreu a explosão do estabelecimento. Mais de 30 pessoas acabaram feridas.
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A Polícia de São Petersburgo identificou a mulher como Darya Trepova, de 26 anos de idade. Casada com Dmitry Rylov, ela e seu marido são conhecidos por protestarem contra a guerra na Ucrânia. Rylov afirma que a mulher nunca seria capaz de matar alguém. Ele acredita que Darya foi enganada e instruída por ativistas pró-Ucrânia.
“Sim, é verdade que nenhum de nós apoia a guerra na Ucrânia, mas acreditamos que tais atos são inadmissíveis. Acredito que minha esposa foi enganada” – disse Dmitry Rylov.
O Kremlin, junto do Comitê Antiterrorismo da Rússia, considerou a explosão da cafeteria como um ataque terrorista. Com isso, acusaram o serviço de segurança da Ucrânia e o líder da oposição, Alexei Navalny.
Darya Trepova acabou presa no apartamento de um amigo do marido. A Polícia russa afirma que questionou a suspeita, e ela afirmou que sabia o motivo da prisão:
“Eu diria que por estar na cena do assassinato de Vladlen Tatarsky. Eu entreguei a estatueta que explodiu” – respondeu Darya.
Vladlen Tatarsky, de verdadeiro nome Maxim Fomin e nascido em Donetsk, na Ucrânia, era um ativista pró-Rússia e Putin. Ele possui pouco mais de meio milhão de seguidores em uma rede social russa e tinha um passado de crimes no país. Um grupo de separatistas ucranianos, em prol da Rússia, liberaram Tatarsky da prisão, onde ele cumpria pena por assalto à mão armada.
Desde então, o blogueiro apoiava a “causa” russa e toda a campanha contra a Ucrânia. Ele costumava afirmar “derrotaremos todos, mataremos todos, roubaremos todos conforme necessário. Do jeito que gostamos”.
Por fim, as autoridades russas não duvidam de que Darya realmente não sabia que cometeria um assassinato. Ela segue presa, aguardando o fim das investigações.
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