País africano dá o último passo no enfrentamento ao que eles chamam de “ameaça” e “desvio”; ONU condena fortemente
Na noite de terça (21), o Parlamento de Uganda aprovou um projeto de lei que instaura pena de morte e prisão perpétua para pessoas da comunidade LGBTQIA+. Segundo o documento, quem for pego tendo relações sexuais homossexuais, será morto ou preso para sempre.
Um total de 387 legisladores aprovaram a lei em votação, enquanto apenas dois votaram contra. A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou fortemente a nova lei e pediu uma reunião para discutir a situação do governo ugandense.
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Robina Rwakoojo, presidente para assuntos jurídicos e parlamentares de Uganda, comentou:
“Uma pessoa que comete o delito de homossexualidade agravada é passível de condenação à morte” – disse o autor do projeto de lei.
“Esta Câmara não hesitará em restringir qualquer direito na medida em que reconheça, proteja e salvaguarde a soberania deste país e sua moral” – afirmou Annet Anita Among, presidente da Câmara.
Agora, o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, precisará assinar a nova lei para ela entrar em vigor imediato. No mês passado, ele acusou os países ocidentais de “tentarem obrigar” o mundo a aceitar a homossexualidade:
“Os países ocidentais devem parar de desperdiçar o tempo da humanidade tentando impôr suas práticas à outras pessoas. Homossexuais são desvios do normal. Por quê? Precisamos de uma opinião médica sobre isso” – disse o presidente ugandense.
A nova lei é o passo final na luta constante do país contra a comunidade LGBTQIA+, que vêm relatando uma série de ataques e descasos por parte do governo. Prisões, agressões e até humilhações públicas acontecem em Uganda.
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