Em Florianópolis, 1251 casos de diarreia foram registrados entre o dia 1º de janeiro e a última terça-feira (10)
A epidemia de diarreia que assola diversas cidades de Santa Catarina, ainda não teve sua origem descoberta. Nesse sentido, o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen) e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) estão avaliando amostras vindas de diversas cidades do Estado.
A princípio, de três a cinco amostras serão captadas por semana em cada município, para determinar o perfil epidemiológico da doença. Na última sexta-feira (06), técnicos do órgão se reuniram com representantes da Saúde dos municípios para discutir o cenário e estratégias de vigilância diante do crescimento de casos.
A iniciativa busca “obter mais informações sobre os sintomas apresentados pelos pacientes, além de definir detalhes da coleta de amostras para a identificação dos agentes”, explica o laboratório.
Em Florianópolis, 1251 casos de diarreia foram registrados entre o dia 1º de janeiro e a última terça-feira (10). Nesse sentido, o caso é considerado uma epidemia pela Vigilância Epidemiológica desde a sexta-feira (6), quando as notificações nas unidades sentinela ultrapassaram a média dos últimos cinco anos.
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Ou seja, em São José, na Grande Florianópolis, foram identificados na primeira semana de janeiro cerca de 614 casos de diarreia/gastroenterite no município, um aumento de 33,2% em relação à semana anterior. Em Penha, o aumento de casos sobrecarrega o sistema de saúde.
O que é a DDA?
À primeira vista, as doenças diarreicas agudas (DDA) ocorrem por diferentes agentes: vírus, bactérias, fungos, sendo os mais comuns o rotavírus e o norovírus e a bactéria Escherichia coli. De forma geral, os casos são leves e podem durar até 14 dias. No entanto, em crianças e idosos pode ocorrer uma desidratação grave, explica a Dive.
“Por isso, é importante ficar atento aos sintomas. E, caso não ocorra melhora do paciente ou ele apresente complicações no quadro, o atendimento médico deve ser procurado imediatamente”, explica a nota.
“Alguns comportamentos que podem causar a doença são: a ingestão de água, gelo ou de alimentos contaminados, de procedência desconhecida; consumo de carnes. Além disso, pescados e/ou marisco crus ou mal cozidos; alimentos sem conservação necessária; banhos em águas de praias impróprias/poluídas; contato direto com uma pessoa doente; e falta de higiene, como a lavagem frequente das mãos”.
Cuidados para evitar a diarreia:
- Lavar as mãos com frequência ou usar álcool em gel. Especialmente antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular e preparar alimentos, amamentar e tocar em animais;
- Beber bastante água desde que seja filtrada, tratada ou fervida. Não consumir água sem saber a procedência;
- Não utilizar gelo de procedência desconhecida;
- Não consumir alimentos fora do prazo de validade, mesmo com boa aparência;
- Alimentos deteriorados, com aroma, cor ou sabor alterados, não devem ser consumidos;
- Não consumir alimentos em conserva se as embalagens estiverem estufadas ou amassadas;
- Evitar o consumo de alimentos crus ou mal cozidos, principalmente carnes, pescados e mariscos, ou de procedência desconhecida;
- Embalar adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira;
- Não tomar banho em águas de praias impróprias/poluídas;
- Higienizar frutas, legumes e verduras com solução de hipoclorito a 2,5% (diluir uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água por 15 minutos. Lavando em água corrente em seguida para retirar resíduos);
- Por fim, lavar e desinfetar superfícies e utensílios usados na preparação de alimentos.
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