"Eu dei o tiro na cabeça porque é tipo uma paulada, só que aí ela iria dormir pra sempre", diz filho
O delegado Rafael Leandro Lorencetti, responsável por investigar o feminicídio de Leila Juçara Martins Roepke, de 34 anos, ocorrido na última terça-feira (03), em Benedito Novo, revelou detalhes do crime.
O autor do feminicídio foi o filho de Leila, um adolescente de 14 anos. A mulher estava em seu nono mês de gestação. Segundo Lorencetti, a arma utilizada era do padrasto do garoto, e estava escondida em um armário da casa, local que o jovem conhecia.
Ainda de acordo com as investigações, a arma era de uso restrito das Forças Armadas e estava com a numeração raspada. O padrasto foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e omissão de cautela, pois deixou a pistola em um lugar de fácil acesso.
Durante o depoimento, o adolecente confirmou os crimes e relatou com frieza o que tinha feito. “Eu dei o tiro na cabeça porque é tipo uma paulada, só que aí ela iria dormir pra sempre”, disse. Ele estava internado em uma clínica na cidade de Joinville por conta de problemas psiquiátricos.
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Por fim, o adolescente será autuado por ato análogo (conduta descrita na lei como crime ou contravenção penal praticado por criança – até completar 12 anos ou adolescente – entre 12 anos completos e 18 anos incompletos), pelos crimes de homicídio qualificado e aborto. A motivação dos crimes seria desavenças entre o adolescente e a mãe.
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