Cachê de artistas estão sendo investigados pelo Ministério Público
A polêmica envolvendo o pagamento de artistas com dinheiro público, está longe de acabar. A Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, cidade que fica no estado de Minas Gerais, divulgou mais cinco atrações que vão se apresentar na tradicional Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matozinhos.
Através do portal da transparência, a administração do município confirmou a contratação da dupla Simone e Simaria pelo cachê de R$ 520 mil.
As cinco apresentações somam R$ 730 mil. Anteriormente, a prefeitura já havia confirmado o show de outros seis artistas ou duplas, entre eles o de Gusttavo Lima, a R$ 1,2 milhão, e o de Bruno e Marrone, a R$ 520 mil.
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Após o Ministério Público de Minas Gerais iniciar investigações por conta dos valores elevados, o prefeito José Fernando Aparecido de Oliveira (MDB), cancelou as apresentações.
O contrato assinado com a equipe de Gusttavo Lima, em abril deste ano, previa o pagamento de metade do cachê (R$ 600 mil) no dia da assinatura, porém, por problemas na documentação, o valor não foi pago. O prefeito confirmou que pretende negociar a multa de rescisão após o cancelamento.
“Gusttavo Lima é o maior cantor sertanejo do Brasil e arrasta multidões. O povo de Conceição do Mato Dentro tem o direito de assistir o cantor ao vivo. Já recebemos na cidade grandes cantores como o Zezé de Camargo e o Luciano, mas o cancelamento é necessário para preservar a paz, a ordem e a imagem do evento”, afirmou Oliveira.
Dinheiro vem da exploração de minérios
Segundo o município, o pagamento das atrações será feito com recursos vindos da CFEM (Contribuição Financeira pela Exploração Mineral), taxa que a prefeitura recebe pela exploração minerária na cidade.
“Os recursos do evento são dos royalties da mineração e a lei define que serão destinados pelo menos 20% para atividades relativas à diversificação econômica. O turismo é uma grande atividade de desenvolvimento econômico do município e a festa, uma das maiores entre os eventos religiosos no Brasil. É a segunda maior cavalgada do país. Como administrador público, só faço o que a lei me permite fazer”, finalizou.
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